Efeito Transiente de Exercícios de Flexibilidade na Articulação do Quadril Sobre a Marcha de Idosas
Por Fabiano Cristopoliski (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 14, n 2, 2008.
Resumo
A marcha é a atividade mais comum que o ser humano realiza, sendo uma habilidade motora fundamental para a locomoção. Contudo, o processo do envelhecimento é caracterizado pela redução gradativa da eficiência do aparelho locomotor, que ocorre pela diminuição da força e da massa muscular, assim como diminuição na flexibilidade. O estudo objetivou verificar o efeito transiente de uma sessão de exercícios de flexibilidade dos músculos extensores e flexores do quadril sobre a marcha de indivíduos idosos. Cinco idosas (67,0 ± 3,8 anos; 1,59 ± 0,07 m; 64,3 ± 15,3 Kg) voluntariaram participar do estudo. A marcha dos sujeitos foi analisada antes e depois dos exercícios de flexibilidade. O protocolo consistiu em uma sessão de três séries de exercícios de flexibilidade de 30s do método estático, feitos para os músculos flexores e extensores da articulação do quadril. Após a sessão de flexibilidade, a marcha das participantes apresentou menor pico de inclinação anterior da pelve, maior pico de extensão e amplitude total de movimento da articulação do quadril, maior amplitude de movimento do joelho com maior ângulo de flexão durante a fase de balanço médio e maior altura de separação do pé ao solo (aumento esse de 28,6%). Os resultados mostram que imediatamente após a sessão dos exercícios de flexibilidade as mulheres idosas apresentaram mudanças no padrão da marcha nos quais algumas variáveis sugerem uma redução no risco de quedas. Os efeitos da idade sobre determinadas variáveis foram parcialmente revertidos e as participantes apresentaram um padrão da marcha mais similar aos adultos jovens que antes dos alongamentos.