Resumo

Objetivo:
Avaliar o efeito do treinamento físico na porcentagem de osso trabecular (%OT) das vértebras lombares (L1-L3) de ratas obesas.

Métodos e Resultados:
24 Ratas Wistar com idade de 21 dias foram distribuídas em quatro grupos: 1) Dieta controle (DC)- não treinadas (NT); 2) Dieta de alta palatabilidade (DAP)-NT; 3) DC-treinadas (T); 4) DAP-T. Os animais tiveram água e ração ad libitum durante 5 meses. Após esse período, foi realizado o teste progressivo (TP) para avaliação da velocidade máxima (Vmax) e determinação da intensidade do treinamento. Em seqüência, os animais foram submetidos ao treinamento físico a 60-65% da Vmax do TP durante 30 min/ dia por 14 semanas. 72h após o último TP foi realizada a eutanásia, pesagem do tecido adiposo periuterino (TAP) e colheita das vértebras para análise histomorfométrica da %OT. As comparações entre os grupos foram realizados através do ANOVA two way. O nível de significância foi p≤0,05. Todos animais treinados apresentaram maior Vmax. A variação da massa corporal e o peso do TAP foram maiores nas ratas DAP em relação às DC e não houve efeito do treinamento físico. O %OT foi maior para as ratas DAP-NT vs todos os outros grupos. Não houve diferença para o restante das comparações.

Conclusão:
A obesidade promoveu aumento da massa óssea. Entretanto, a análise morfológica do tecido ósseo mostrou que esses animais apresentaram características patológicas de osteopetrose, as quais foram revertidas pelo treinamento físico (%OT do DAP-T foi menor em relação à DAP-NT e semelhante aos grupos dieta controle).