Resumo

A insulina tem clássica atuação periférica. Estudos tem demonstrado sua
ação relevante também sobre o sistema nervoso central, como agente
n e u romo d u l a d o r p o r me i o d e re c ep t o re s e s p e c í fi c o s at u a n d o n o
c re s c i m e n t o, d i fe re n c i a ç ã o e f u n ç ã o n e u ra i s, n a l i b e ra ç ã o d e
neurotransmissores, e sobre o controle da ingestão alimentar, manutenção
do peso corpóreo e funções reprodutivas e cognitivas. Sua ligação com
patologias, especialmente a doença de Alzheimer, tem sido foco de estudos
muito recentes. Sabe-se que o exercício ameniza o desenvolvimento da
Doença de Alzheimer. Pouco se sabe sobre a relação entre a insulina cerebral
e o exercício. Este trabalho teve por objetivo investigar o efeito do exercício
sobre as concentrações cerebrais de insulina em ratos. Para o estudo foram
utilizados 14 ratos (Wistar) com cerca de 65 dias, alimentados com ração
balanceada padrão (PurinaÒ) e água "ad libitum" e mantidos em gaiolas
coletivas à temperatura ambiente de 25º C sob ciclo periódico de 12h claro/
12h escuro. Os ratos foram distribuídos em grupo controle (GC) e grupo
treinado (GT). O protocolo de treinamento consistiu de natação, por 60
minutos, 5 dias/semana, durante 6 semanas. Após o sacrifício foram
retiradas amostras do sangue para verificação de glicose, insulina, albumina
e hematócrito e o cérebro para verificação das concentrações de insulina.
Entre os valores séricos não foram encontradas diferenças estatisticamente
significativa. Quanto à insulina cerebral foram encontrados valore s
significativamente diferente entre os sedentários e treinados (1,81 ± 0,93;
4, 81 ± 2,41 µUI/mL) . Estes resultados indicam que o treinamento causou
aumento das concentrações cerebrais de insulina, sem aumento das
concentrações séricas de insulina e glicose, quer seja por possível facilitação
da barreira hemato-encefálica ou produção local de insulina, sendo
necessário futuros estudos para melhores esclarecimentos.

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