Efeito do Treinamento Físico nas Respostas Ardiovasculares e Metabólicas em Mulheres na Pós Menopausa
Por Crivaldo Gomes Cardoso Junior (Autor), Luiz Augusto Riani Costa (Autor), Tatiana Goveia Araujo (Autor), Eliana Labes (Autor), Sandra B. Abrahão (Autor), Tais Tinucci (Autor), Décio Mion Junior (Autor), Angela Maggio Fonseca (Autor), Cláudia Forja (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A prática regular do exercício físico aeróbio é um hábito saudável
capaz de melhorar a saúde humana, sendo recomendado para diferentes
populações em diferentes faixas etárias. Entretanto, o efeito de um programa
de condicionamento físico com intensidade baseada nos limiares ventilatórios
em mulheres na pós-menopausa, precisa ser mais bem caracterizado. Material
e Método: 27 mulheres na pós-menopausa (com ou sem terapia estrogênica)
com idade de 51±1 anos foram avaliadas após 6 meses de sedentarismo
(Controle - C, n=15) ou treinamento aeróbio (T, n=12). O treinamento constou
de 3 sessões/semana de 50 min de exercício no cicloergômetro com intensidade
estabelecida entre a freqüência cardíaca dos dois limiares ventilatórios. O grupo
C não participou de nenhum programa de atividade física nos 6 meses anteriores
à avaliação. Todas as voluntárias realizaram um teste ergoespirométrico (MGC/
CPXD) máximo em cicloergômetro com protocolo escalonado (30W/3 min).
A carga de trabalho, o consumo de oxigênio (VO2) absoluto e relativo, a
freqüência cardíaca (FC) e a pressão arterial sistólica (PAS) foram medidos no
repouso, no primeiro limiar ventilatório (L1), no segundo limiar ventilatório
(L2) e no pico de esforço (pico). Os dados dos 2 grupos foram comparados
pe lo t e s t e T- s t udent , s endo cons ide rado o va lor de P<0 , 0 5 como
estatisticamente significativo. Resultados: O grupo T apresentou maior potência
no L1, no L2 e no pico do exercício que o grupo C (63±6 vs. 34±3, 105±9 vs.
78±5 e 119±8 vs. 88±14 Watts, respectivamente, P<0,05). Além disso, o VO2
absoluto e relativo nos 3 momentos também foi maior neste grupo (12±1 vs.
10±0, 19±1 vs. 16±1 e 21±1 vs. 18±1 ml.kg-1.min-1, respectivamente, P<0,05),
porém essa diferença não foi observada no percentual do VO2 pico (L1=
58±5 vs. 56±2 e L2= 86±2 vs. 86±2 %) no qual os limiares foram atingidos. A
PAS no L1, L2 e pico do esforço também foi maior no grupo T (154±4 vs.
138±5, 195±4 vs. 173±5 e 205±5 vs. 189±5 mmHg, respectivamente, P<0,05),
mas a FC foi maior apenas no L1 (120±3 vs. 104±4 bpm, P<0,05).Auxílio
financeiro FAPESP (processo 01/14989-7).