Efeito do Treinamento Físico Sobre o Perfil Metabólico e ósseo de Ratos Recém-desmamados
Por Luciana Mendonça Arantes (Autor), Natalia Oliveira Bertolini (Autor), José Alexandre Leme (Autor), Bruno Augusto Ribeiro do Vale (Autor), Eliete Luciano (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 3, 2013. Da página 209 a 213
Resumo
INTRODUÇÃO: A prática de exercícios de intensidade moderada pode reduzir o risco de infecções e melhorar os aspectos metabólicos do indivíduo.
OBJETIVO: Investigar os efeitos do treinamento físico aeróbio sobre os aspectos metabólicos, ósseo e sistema imunológico.
MÉTODOS: Vinte ratos machos, recém-desmamados, foram distribuídos em dois grupos experimentais: grupo sedentário (GS) e grupo treinado (GT). O GT foi submetido a um protocolo de natação, durante seis semanas consecutivas. Ao final do período experimental, foi realizada a contagem total e diferencial de leucócitos e hematócrito. Após o sacrifício, foram analisados: glicose, proteínas totais, triglicérides, colesterol; amostras do fígado e músculo para a determinação dos teores de glicogênio; e tíbia para determinação do comprimento e área óssea. Os dados foram analisados pela análise de variância ANOVA one-way e o nível de significância estabelecido foi p<0,05.
RESULTADOS: O hematócrito (%) analisado apresentou diferença significativa, com maior valor para o GT (54,63 ± 1,41) que para o GS (49,5 ± 1,65). A contagem total de leucócitos não apresentou diferença significativa, assim como também não houve diferença na contagem diferencial. O colesterol total apresentou relevante diminuição no GT (GT = 68,27 ± 13,71 mg/dL; GS = 94,44 ± 28,09); os níveis de proteínas totais também apresentaram importante redução (GT = 7,3 ± 0,40 g/dL; GS = 7,74 ± 0,36 g/dL); os níveis de glicose e triglicérides não apresentaram diferenças significativas. Já o comprimento ósseo apresentou diferença significativa, com o comprimento do tibial do GT (40 ± 0,14* mm) sendo menor que o GC (42,10 ± 0,12 mm). A área tibial demonstrou menor valor para o GT (1,53 ± 0,12 cm²) que para o GS (1,67 ± 0,18 cm²), entretanto, a diferença não foi estatisticamente significante.
CONCLUSÃO: O treinamento físico aeróbio é capaz de produzir algumas modificações fisiológicas peculiares em ratos jovens.