Resumo

O presente estudo tem como objetivo compreender a influência que o estágio maturacional e do treinamento sistemático pode exercer no crescimento, na composição corporal e no desempenho motor de jovens jogadores de futebol, em comparação com indivíduos de mesmo estágio maturacional, porém, não participantes de nenhum tipo de treinamento físico regular. Foi analisada uma amostra de 39 indivíduos divididos em dois grupos: 22 no grupo treinado (GT) e 17 no grupo não treinado (GNT). Em seguida, os indivíduos foram divididos e categorizados de acordo com o estágio da maturação sexual, proposta por Tanner (1962). Após essa divisão, os indivíduos foram submetidos à aferição das medidas antropométricas de estatura e de massa corporal para determinar o índice de massa corporal (IMC), enquanto que essas duas variáveis, juntamente com a espessura de dobras cutâneas, as circunferências dos segmentos corporais e o diâmetro ósseo foram utilizados para estabelecer o somatotipo. Foi selecionada uma bateria de testes motores com o objetivo de determinar o nível do desempenho motor por meio dos indicadores de potência aeróbia, potência e capacidade anaeróbia e de flexibilidade. A partir dos valores obtidos em cada uma das variáveis analisadas, foi utilizada para o tratamento dos dados a análise de variância de dois fatores (ANOVA TWO-WAY), seguida do teste post hoc de Tukey quando p<0,05, a fim de identificar as diferenças entre os grupos e estágios maturacionais. Os resultados demonstraram que houve aumento significativo da estatura e da massa corporal, de acordo com a evolução dos estágios maturacionais. Quanto à composição corporal, foi possível verificar que, com o aumento do grau de maturação, houve diminuição significativa da gordura subcutânea, enquanto que o treinamento sistemático não exerceu influência sobre essa variável. Em relação ao somatotipo, os resultados demonstram que não houve diferença entre os grupos nem entre os estágios maturacionais, embora tenha havido diferença significativa no componente ectomorfia na interação entre treinamento e maturação. Nos testes motores, houve influência significativa do treinamento, onde os indivíduos do GT obtiveram valores superiores em todas as variáveis testadas. Por outro lado, os valores dos testes, em função da maturação, sofreram alterações de acordo com a variável testada, não havendo diferenças na potência aeróbia, na potência anaeróbia de membro inferior e na capacidade anaeróbia do músculo abdominal. Verificou-se, porém, uma influência positiva da maturação nos testes que indicaram a potência e a capacidade anaeróbia de membros superiores 

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