Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do treinamento em natação sobre a severidade do broncoespasmo induzido por exercício (BIE). Trinta e dois adolescentes asmáticos, sendo 16 do grupo experimental (GE), submetidos a um programa de treinamento em natação durante 10 semanas, com três sessões semanais de 45 minutos cada, e 16 do grupo controle (GC), não submetidos a treinamento, participaram deste estudo. As funções pulmonares foram avaliadas através de espirometria computadorizada, realizada cinco minutos antes e cinco minutos após uma corrida de 7-8 minutos em esteira rolante com inclinação de 10% e intensidade de 85-90% da freqüência cardíaca máxima, antes e depois do período de treinamento. Os valores do fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade vital forçada (FEF25-75), comparando-se antes versus depois do treinamento,mnão foram significativamente diferentes (p > 0,05), tanto em repouso quanto no pós-exercício. Entretanto, houve diferença significativa (p < 0,05) entre os valores do fluxo expiratório máximo (FEM) em repouso (4,82 l.s-1 versus. 5,61 l.s-1, antes versus depois do treinamento, respectivamente) e no pós-exercício (3,13 l.s-1 versus 4,01 l.s-1, antes versus depois do treinamento, respectivamente) e também entre os valores da capacidade vital forçada (CVF) em repouso (3,21 l versus 3,42 l, antes versus depois do treinamento, respectivamente) e no pós-exercício (2,43 l versus 2,91 l, antes versus depois do treinamento, respectivamente). Estes resultados sugerem que, apesar destes indivíduos continuarem sendo asmáticos, portadores de BIE, o treinamento em natação aplicado reduziu a severidade do BIE destes indivíduos. Isto pode ter implicações clínicas importantes para estes indivíduos em suas atividades diárias, especialmente na prática de atividade física. Futuros estudos devem ser realizados para esclarecer os mecanismos responsáveis pelos efeitos observados.

Acessar Arquivo