Efeito de Um Exercício Extenuante Sobre o Padrão Angular de Pedalada: Estudo Preliminar
Por Matheus Joner Wiest (Autor), Felipe Pivetta Carpes (Autor), Mateus Rossato (Autor), Carlos Bolli Mota (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 11, n 4, 2009. Da página 386 a 391
Resumo
Considerando aspectos biomecânicos como a cinemática, a fadiga pode ser caracterizada pela perda de eficiência em manter um padrão de movimento durante o exercício, tal como a técnica de pedalada. O propósito deste estudo preliminar foi investigar os efeitos do ciclismo extenuante, por 1h, em intensidade de 80% VO2máx sobre a técnica de pedalada. A técnica de pedalada foi avaliada por cinemática bidimensional em 4 ciclistas mountain-bike experientes. A hipótese do estudo foi de que mudanças angulares em resposta à fadiga poderiam ocorrer no tornozelo. Após o teste de consumo máximo de oxigênio, os ciclistas foram submetidos a um protocolo submáximo com intensidade de 80% VO2máx. A cada 10 minutos eles eram filmados durante 10 ciclos de pedalada. As imagens foram capturadas do membro inferior direito sendo mensurados ângulos de quadril, joelho e tornozelo. Os procedimentos estatísticos envolveram teste de Shapiro-Wilk, ANOVA e post-hoc de Tukey HSD com nível de significância de 0,05. A análise estatística mostrou diferença significante somente para o tornozelo após 40 minutos de exercício, com a amplitude de movimento aumentando de 20° no início, até 35° no final do exercício. Este resultado confirma a hipótese proposta de que o tornozelo seria a única articulação afetada. As características de movimento do tornozelo sugerem que esta articulação desempenha um papel importante para manter a técnica de pedalada e manter a carga de trabalho sustentando o exercício.