Resumo

O exercício físico induz adaptações hemodinâmicas/ventilatórias e neuromusculares que podem ser revertidas com a interrupção do mesmo. O presente estudo teve por objetivo avaliar o efeito do destreinamento sobre a aptidão física relacionada à saúde. Foram avaliados 44 indivíduos de ambos os sexos com idade de 57,6 ± 8,9 anos. O Protocolo de Mudança de Estilo de Vida Mexa-se Pró-Saúde com orientação nutricional e exercícios físicos supervisionados, teve duração de nove meses envolvendo exercícios aeróbicos, de resistência muscular localizada e flexibilidade, com duração de 80 min/sessão, em cinco sessões semanais. Foram selecionados os indivíduos que obtiveram freqüência mínima de 3x/semana. O período de interrupção do treinamento foi de um mês. Foram avaliados peso (kg) e estatura (m) e calculado o Índice de Massa Corporal (IMC-kg/m2) e realizados testes motores para flexibilidade (FLEX), força de membros inferiores (FMI) e superiores (FMS) e consumo máximo de oxigênio (VO2máx.) no início do programa (MI), após nove meses de treinamento (MT) e após pausa de um mês (MD). O tratamento estatístico utilizado foi ANOVA com nível de significância de 5% e o teste de Tukey para a localização das diferenças entre os grupos, quando a mesma foi constatada. Os resultados mostraram que ganhos significativos de 22% e 7% na força de membros inferiores e VO2máx. respectivamente, alcançados com o treinamento foram mantidos após a interrupção do programa por um mês; enquanto que o aumento de 8% na flexibilidade retornou aos níveis basais após o período de destreinamento. Conclui-se que embora mantidos os ganhos de força de membros inferiores e capacidade aeróbica adquiridos, um mês de destreinamento foi suficiente para perder a flexibilidade conquistada.

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