Resumo

A inatividade física é um fator de risco para o surgimento de diversas doenças, principalmente as cardiovasculares e as neoplasias. Nas últimas décadas, houve uma redução significante das atividades consideradas moderadas e pesadas no local de trabalho. Hoje, o trabalhador passa muito tempo sentado na frente do computador. Portanto, aproveitar a internet no ambiente de trabalho como meio de divulgar as vantagens da prática da atividade física para a sua saúde é fundamental. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito de uma intervenção por meio de mensagens eletrônicas no nível de atividade física e no estágio de comportamento dos colaboradores de uma instituição pública hospitalar. Após divulgação via mensagens eletrônicas e nos murais do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, cinquenta voluntários se inscreveram para participar da pesquisa. Após os critérios de exclusão e desistência, 29 indivíduos iniciaram na pesquisa. Desses, 16 concluíram as 3 fases. Todos os participantes passaram pelas 3 fases da pesquisa, isto é, compuseram o grupo inicial, o grupo controle e após o grupo experimental. A média de idade foi de 40,1± 9,2 anos, o valor médio do IMC foi de 27,5 ± 4,4 kg/m² e 82,2% da amostra foi composta por mulheres. Para avaliar o estágio de comportamento foi utilizado o questionário adaptado por Marcus e Forsyth (2009) que classifica os indivíduos em pré-contemplativo, contemplativo, preparação, ação e manutenção. Para mensurar o nível de atividade física de forma objetiva foi utilizado o pedômetro SW-200 (YAMAX- Japão). De acordo com o número de passos podemos classificá-los em sedentários, insuficientemente ativos ou ativos. Foi utilizado o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) longo para avaliar, de forma subjetiva, o nível de atividade física no lazer. O protocolo de intervenção consistia no envio de duas mensagens eletrônicas (e-mail) semanais por um período de oito semanas. Para as análises descritivas foi utilizado a média e desvio padrão. O qui-quadrado para as 9 associações. O teste t de student pareado foi utilizado para comparar os momentos pré e pós-intervenção. Para as proporções foi utilizado o teste de comparação de duas proporções. Os pacotes SPSS versão 15.0 e o Stata foram utilizados nas análises. O comportamento sedentário, no qual foram agrupados os pré-contemplativos, contemplativos e preparação, passou de 62,5% para 56,5% após a intervenção. Já o comportamento ativo em que foram agrupados os estágios de ação e manutenção passou de 37,5% para 43,8%. O nível de atividade física no lazer aumentou em 79 minutos (p<0,05) no grupo experimental em relação ao grupo controle. Entretanto, em relação ao início da pesquisa os valores do grupo experimental não se alteraram. A média de passos do grupo controle foi de 10.719, após a intervenção houve um aumento para 11.117 passos. Concluí-se que as mensagens eletrônicas foram eficientes na manutenção do nível de atividade física no lazer e capaz de evoluir na prontidão dos indivíduos para a prática da atividade física, apesar de não apresentar diferenças significantes
 

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