Resumo

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Na prática do voleibol, as entorses de tornozelo representam 25 a 50% das lesões agudas. Medidas preventivas, como estabilizadores dinâmicos de tornozelo (EDT), são frequentemente utilizadas, porém, há controvérsias se esse dispositivo pode ou não interferir no desempenho esportivo. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito do EDT Active Ankle System® (AAS) na altura do salto vertical em jogadoras de voleibol. 
MÉTODOS: Selecionou-se uma amostra de conveniência de 14 atletas entre 14 e 18 anos de idade, do gênero feminino. Estas foram instruídas a saltar simulando o gesto esportivo do ataque e do bloqueio com e sem o EDT, sobre placas de contato conectadas a um computador portátil que, através de um programa, calculava a altura do salto vertical. Previamente, foi feito um estudo-piloto para determinação do coeficiente de correlação intraclasse para as quatro condições de teste (n = 4), no qual os valores encontrados foram: ataque com EDT, 0,95; ataque sem EDT, 0,76; bloqueio com EDT, 0,92; bloqueio sem EDT, 0,89. Os dados de altura de cada tipo de salto vertical nas condições com e sem EDT foram comparadas através de testes t de Student para amostras pareadas. 
RESULTADOS: Para um nível de significância de α = 0,05, não foi encontrada diferença significativa entre os saltos do ataque com o EDT (0,41 + 0,073m) e sem o EDT (0,41 + 0,086m), p = 0,517. Também não foi encontrada diferença significativa para os saltos do bloqueio com o EDT (0,31 ± 0,048m) e sem o EDT (0,32 ± 0,050m), p = 0,06. 
CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo apontam para não interferência do uso do EDT AAS no desempenho do salto vertical em atletas de voleibol.

Acessar Arquivo