Resumo

Introdução: Como forma de amenizar os prejuízos causados pelo envelhecimento
e agravados pela inatividade física, o exercício físico é hoje prescrito não só como
forma de aprimorar a aptidão física, mas também como uma medida preventiva aos
fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de algumas doenças. Desta
forma, o exercício físico regular pode induzir adaptações favoráveis à saúde e a
qualidade de vida das pessoas. Objetivo: Avaliar as alterações cardiorrespiratórias
em resposta a um programa de treinamento físico aeróbio. Metodologia: 18 homens,
saudáveis e sedentários (47,95±4,9 anos) foram submetidos a 12 semanas de
treinamento físico aeróbio (três sessões semanais, caminhadas e trotes com intensidade
de 70-85% FC pico obtida no teste em esteira rolante até a exaustão). Foram coletados
no pré e pós-treinamento: a freqüência cardíaca (FC) durante o repouso e durante o
teste de esforço dinâmico em esteira até a exaustão, sendo neste protocolo também
obtidos a ventilação e velocidade pico de esforço. Para a análise dos dados foram
aplicados teste de normalidade e teste t de Student para comparações entre pré e
pós-treinamento, com nível de significância adotado de 5%. Resultados: observa-se
para a FC repouso (pré: 72,50±10,67 e pós: 67,72±11,90; p=0,038) e pré-esforço
(pré: 80,56±10,61 e pós: 73,61±13,92; p=0,019), que os valores foram reduzidos
significativamente no pós-treinamento; após 1 min de recuperação do esforço
máximo, as alterações não foram significativas para a FC (pré: 135,67±17,96 e pós:
131,44±17,54; p=0,223). Foram observados também aumentos significativos na
ventilação pico (pré: 100,02±18,74 e pós: 109,04±16,30; p=0,009) e na velocidade
pico (pré: 10,51±1,56 e pós: 12,04±1,68; p=0,009), para uma mesma FC pico (pré:
178,33±14,92 e pós: 178,61±12,91; p=0,898). Conclusões: Analisando
conjuntamente as variáveis, podemos inferir que o houve expressiva melhora da
potência aeróbia do grupo estudado, também visualizada para cada taxa de trabalho
específica, indicada pelos valores absolutos da velocidade da corrida e da FC em
condições submáximas e máximas de esforço no pós-treinamento. Podemos
considerar então que a metodologia de treinamento físico aeróbio aplicado mostrouse eficaz e pôde contribuir para o aprimoramento da capacidade cardiorrespiratória
em um curto período de intervenção. Suporte: PIBIC/CNPq.

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