Resumo

Introdução: o café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo e sua identidade, em grande parte, se caracteriza pela cafeína, esta por sua vez se tornou famosa pela sua ação estimuladora, sendo a sua suplementação uma das estratégias ergogênicas mais investigadas na literatura científica, entretanto, quando aplicada na recuperação pós-exercício seus efeitos ainda não foram totalmente elucidados. Objetivo: verificar o efeito agudo aguda da cafeína sobre a modulação autonômica e parâmetros cardiorrespiratórios na recuperação pós-exercício em jovens saudáveis, considerando também a capacidade cardiorrespiratória dos indivíduos. Materiais e Métodos: 32 jovens do sexo masculino foram submetidos a três protocolos: teste de esforço máximo; protocolos placebo e cafeína que consistiram na ingestão de 300 mg de cafeína ou placebo (amido) em cápsulas, seguido de 15 minutos de repouso, 30 minutos de exercício em esteira a 60% do consumo de oxigênio pico (VO2pico), seguido de 60 minutos de recuperação em decúbito dorsal. Os índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e os parâmetros cardiorrespiratórios foram determinados em diferentes momentos durante os protocolos. Resultados: a cafeína se demonstrou capaz de retardar a recuperação parassimpática, avaliado pelos índices RMSSD e SD1 (efeito de momento p=0,000), e promoveu um retardo da recuperação da pressão arterial (PA) às condições basais (efeito de momento p=0,000), entretanto, não influenciou o comportamento da frequência respiratória, saturação de oxigênio e sobre os índices de VFC no domínio da frequência (p>0,05).

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