Resumo

A música é considerada um eficiente recurso ergogênico, tendo essa eficiência evidenciada no treinamento de todos os tipos de força e também nos aspectos psicológicos dos indivíduos, porém havendo uma escassez dessas evidências especificamente em mulheres. Por isso, este estudo teve como objetivo verificar o efeito agudo da música preferida, não preferida e ausência de música sobre a força máxima, a resistência de força e o estado de humor em mulheres praticantes de musculação de uma academia em Xanxerê-SC. O estudo caracterizou-se como experimental e foi composto por uma intervenção realizada em quatro momentos, divididos ao longo de quatro semanas, com três grupos de mulheres, expondo-as aos testes de mensuração de força e estado de humor em condições com músicas preferidas, não preferidas e sem música nos exercícios supino reto e extensão de joelhos na máquina, utilizando ~60% e ~85% de 1RME para avaliar força de resistência e força máxima, respectivamente. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial utilizando o programa SPSS® para Windows® versão 21.0. Verificou-se que houve diferença (p=0.031) somente no exercício de extensão de joelhos na máquina, com 85% de 1RME quando comparado o experimento com músicas que não gostavam (12,11 ± 2,62) em relação ao mesmo exercício utilizando músicas que gostavam (14,44 ± 2,88). Os resultados foram de que não houve diferença na força de resistência em nenhuma das condições. Já na força máxima houve uma diferença apenas na extensão de joelhos na máquina. No estado de humor, não ocorreu mudanças entre os períodos em todas as condições. Conclui-se que a música teve um papel ergogênico sobre a força máxima na extensão de joelhos.

Acessar