Resumo

Atualmente tem crescido o número de crianças com excesso de peso, implicando no aparecimento precoce de diabetes tipo 2 e hipertensão. Para prevenir isso, o exercício físico de baixo impacto pode ser uma alternativa segura e eficaz, podendo ser realizado tanto em meio aquático como em meio terrestre. Assim, o presente estudo objetivou analisar o efeito do exercício aeróbico de baixo impacto, em diferentes meios (aquático vs/ terrestre), sobre os níveis glicêmicos e pressóricos de adolescentes obesos. Trinta e dois adolescentes obesos (12,4 ± 2,5 anos; IMC: 33,1 ± 5,3 kg/m2) foram alocados randomicamente no grupo hidroginástica (n = 16) e no grupo mini trampolim (n = 16). Ambos os grupos realizaram uma sessão de exercícios com duração de 32 minutos, prescrita de forma intervalada, com intensidade de estímulo em índice de esforço percebido intenso e recuperação em índice de esforço percebido muito leve. Os desfechos de glicemia capilar e pressão arterial foram avaliados pré, pós e 30 minutos pós-exercício. Uma equação de estimativas generalizadas foi usada para analisar os níveis glicêmicos e pressóricos nos diferentes momentos e modalidades, ? = 0,05. Ambos os grupos apresentaram redução glicêmica apenas imediatamente após a sessão de exercício (p = 0,005). A pressão arterial diastólica foi reduzida em ambos os grupos cinco minutos pós-exercício (efeito tempo; p = 0,017), permanecendo assim 30 minutos pós-exercício (efeito tempo; p = 0,013), enquanto a pressão arterial sistólica foi reduzida somente 30 minutos pós-exercício (efeito tempo; p < 0,001). Conclui-se que sessões sob mini trampolim e hidroginástica, de forma intervalada, podem diminuir de forma similar os níveis glicêmicos e pressóricos de adolescentes obesos.

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