Efeitos Agudos de Diferentes Métodos de Treinamento com Pesos Sobre o Gasto Energético em Homens Treinados
Por Rodrigo Ramalho Aniceto (Autor), Raphael Mendes Ritti Dias (Autor), Christopher B. Scott (Autor), Fábio Fellipe Martins de Lima (Autor), Thaliane Mayara Pessôa dos Prazeres (Autor), Wagner Luiz do Prado (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 19, n 3, 2013.
Resumo
INTRODUÇÃO: O treinamento com pesos vem sendo amplamente utilizado como estratégia de controle e redução ponderal, assim o gasto energético (GE) contribui de forma significativa para este processo.
OBJETIVO: Comparar os efeitos agudos do método circuito (MC) com o método tradicional (MT) sobre o GE.
MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa com delineamento crossover e aleatorizado, a amostra foi composta por 10 homens adultos treinados com idade entre 18 e 29 anos. Foram realizadas duas sessões experimentais com wash out de sete dias: no MC os exercícios foram realizados alternados por segmento em forma de estações, durante o MT os exercícios foram realizados em séries consecutivas. Ambos os métodos seguiram a mesma sequência de oito exercícios com o mesmo trabalho total: 60% de 1RM, 24 séries/estações e 10 repetições. O lactato sanguíneo foi coletado em repouso e a cada três séries/estações. O ar expirado foi coletado por 30 minutos antes e ~31 minutos durante todas as sessões de treinamento. O GE aeróbio de exercício (GEAE, kj) e do intervalo de recuperação (GEAIR, kj) foram estimados pela calorimetria indireta através da medida do consumo de oxigênio e o GE anaeróbio (GEA, kj) pela concentração de lactato sanguíneo ([La]). O GE total (GET, kj) foi registrado pelo somatório do GEA, GEAE e GEAIR.
RESULTADOS: Os dados demonstraram que o GEA foi maior no MT do que o MC, no entanto, o GEAE, GEAIR e o GET não foram diferentes significativamente entre os métodos. O MT apresentou maior [La] do que o MC.
CONCLUSÃO: Conclui-se que o MC e o MT produzem similar GET, contudo, percebe-se que o MT utiliza mais a via anaeróbia do que o MC.