Resumo

Introdução: Ao contrário da produção de biomarcadores inflamatórios e oxidantes, as enzimas antioxidantes diminuem com a idade e as respostas adaptativas ao estresse oxidativo é reduzida. Os efeitos de diferentes protocolos de exercícios resistidos para atenuar essas condições são amplamente inexplorados. A diretriz do National Strength and Conditioning Association (NSCA) recomenda o treinamento de alta velocidade para idosos, essas recomendações que estão sendo trazidas estão baseadas na melhora neuromuscular e capacidade funcional, porém, pouco se sabem sobre as respostas dos biomarcadores inflamatórios e antioxidantes a este tipo de treinamento. Objetivo: Nós comparamos os efeitos agudos do exercício de força tradicional (EFT) versus exercícios de força de alta velocidade (EFAV) sobre biomarcadores inflamatórios e atividade antioxidante em mulheres idosas. Métodos: Quatorze mulheres idosas (67,3 ± 7,1 anos) foram alocadas aleatoriamente para completar o EFT ou EFAV. Amostras de sangue foram coletadas para a mensuração de marcadores inflamatórios e enzimas antioxidantes em três momentos (pré-exercício, pós-exercício, 30 min pós-exercício). Resultados: EFT e EFAV induziram reduções agudas ao longo do tempo no fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina-6 (IL-6), receptor solúvel de IL-6 (sIL-6R), bem como nos níveis de antioxidantes catalase, glutationa (GSH) e superóxido dismutase (SOD), sem diferenças entre os grupos. Além disso, os grupos EFT e EFAV exibiram incrementos agudos na interleucina-10 (IL-10) e na relação IL-10 / IL-6 ao longo do tempo, enquanto o protocolo EFAV exibiu valores mais altos de IL-10 pós-exercício e 30 minutos após o exercício ao longo do tempo em comparação com o EFT. Com base na inferência baseada em magnitude (IBM), os indivíduos do grupo EFAV demonstraram uma responsividade superior para IL-6 e IL-10 em comparação com o grupo EFT. Além disso, considerando a diferença mínima clinicamente importante (DMCI), todos os participantes do grupo EFAV apresentaram DMCI nos níveis de IL-10 em comparação com duas pessoas do grupo EFT. Conclusão: Em resumo, ambos os protocolos de exercícios foram capazes de melhorarem o estado inflamatório e antioxidante em mulheres idosas. O presente estudo ainda demonstrou que o EFAV é um potente estimulo para a IL-10 como demonstrado pela (DMCI). Sendo assim, o EFAV deve ser considerado nas recomendações de exercícios para essa população. Os resultados do presente estudo são relevantes para a compreensão de mecanismos que possam explicar os efeitos protetores do exercício no processo do envelhecimento.

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