Resumo

Introdução: A hipertensão arterial tem maior prevalência nas mulheres após a menopausa e o exercício físico tem sido considerado um importante meio alternativo de tratamento e prevenção dessa doença. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar as respostas agudas e crônicas da pressão arterial ambulatorial após exercícios aeróbios e resistidos combinados. Métodos: Participaram 14 mulheres hipertensas medicadas e na pós-menopausa (58,8±1,0 anos, 27,7±1,2 Kg/m² e 7,2±1,5 anos pós a menopausa), submetidas a uma sessão aguda e ao treinamento por dez semanas com exercícios aeróbios e resistidos combinados. A sessão aguda teve duração de 45 minutos, sendo cinco de aquecimento, 20 minutos de exercício aeróbio na esteira e 20 minutos de exercício resistido, e o treinamento consistiu em 30 sessões com os mesmos exercícios. A pressão arterial foi avaliada em repouso e durante 24 horas pela Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). A MAPA foi realizada em três momentos, sendo repouso pré treinamento (Linha base), após uma sessão aguda de exercício (Agudo) e repouso após o treinamento (Crônico). A partir dos dados da MAPA foi calculado a variabilidade da pressão arterial (VPA) e a área abaixo da curva (AUC) da pressão arterial ao longo do tempo. Resultados: A análise estatística mostrou que a AUC da PAS, PAD e PAM no momento Crônico foi menor quando comparado com o momento Linha base, porém não houve diferença entre os momentos Agudo e Linha base. A VPA da PAS, PAD e PAM reduziu no momento Agudo em relação à Linha base, porém não houve diferença entre os momentos Crônico e Linha base. Conclusão: O exercício combinado reduz a pressão arterial ambulatorial de maneira crônica, sem alteração após uma única sessão aguda. Em contrapartida, a VPA reduz após uma única sessão aguda, porém não altera de maneira crônica.

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