Resumo

O processo biológico de reparo de uma interrupção traumática ou induzida cirurgicamente na continuidade de um oso pode desenvolver-se lentamente e depende do estado endócrino-reprodutivo, vitamina D, cálcio e fósforo nutricionais, e suprimento sangüíneo adequado para manutenção do metabolismo do organismo e local da fratura. O ultra-som tem sido amplamente utilizado com a finalidade de acelerar os processos de reparo, modificar a produção de tecido cicatricial e reduzir a dor. Por outro lado, a atividade física realizada regularmente induz alterações locais e gerais que influenciam a osteogênese e a mineralização dos ossos. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos do tratamento da osteotomia experimental com ultra-som e exercício físico crônico sobre a velocidade de consolidação óssea e a resitência a esforços deformantes. Para isso realizamos uma osteotomia no terço superior da tíbia direita, através de uma micro-furadeira para uniformizar a lesão. O treinamento físico consistiu em natação 1h por dia com carga de 5% do peso corporal e a terapia com ultra-som de média intensidade foi feita diariamente durante cinco minutos, utilizando um adaptador para redução da área de aplicação. Foram utilizados ratos machos adultos jovens Wistar, distribuídos nos grupos: osteotomizado sedentário sem ultra-som (1.OSsUS); osteotomizado treinado sem ultra-som (2.OTsUS); osteotomizado sedentário com ultra-som (3.OScUS) e osteotomizado treinado com ultra-som (4.OTcUS). Após o período de tratamento, os ratos foram sacrificados e realizaram-se as seguintes análises: glicogênio do músculo gastrocnêmico, atividade da fosfatase alcalina no soro, radiografias da tíbia, histologia da área de lesão aos 5, 10, 20 e 30 dias, teste de resistência máxima a flexão (20 mmm/min.), flexa de ruptura e rigidez média das tíbias aos 30 e 45 dias. Nosso trabalho mostrou que o ultra-som melhora as fases iniciais do processo de reparo do tecido ósseo e a atividade física os estágios mais adiantados da consolidação óssea. Estes fatos sugerem que o ultra-som, bem como a atividade física, ou a associação de ambos podem acelerar o processo de reparo do tecido ósseo.

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