Efeitos da Corrida em Pista ou do Deep Water Running na Taxa de Remoção do Lactato Sangüíneo Durante a Recuperação Ativa Após Exercícios de Alta Intensidade
Por Rodrigo Villar (Autor).
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de remoção de lactato sangüíneo após exercício de alta intensidade, utilizando dois diferentes tipos de exercícios na recuperação ativa (corrida - C ou "Deep Water Running" - DWR) realizados na mesma intensidade relativa (limiar aeróbio - 2 mM). Foram realizados os seguintes testes: Corrida (C): 3 x 1200 metros em três intensidades diferentes de 170, 190 e 210 m/min com 15 minutos de intervalo entre os tiros. DWR: corrida estacionária na água utilizando um colete flutuador (Aquajogger), de 5 minutos com realização de três séries com intensidades referentes a freqüência cardíaca (FC) de 120, 140 e 160 bpm com intervalo de 15 minutos entre as séries. Após a realização de cada tiro foram realizadas coletas de sangue no 10, 30 e 50 minuto. Por interpolação linear foram calculadas as velocidades (C) e as FC (DWR) equivalentes a 2 mM (limiar aeróbio). Para a indução do acúmulo do lactato, foi utilizado o seguinte protocolo: 2 x 200 metros em velocidade máxima com 1 minuto de intervalo entre os tiros. Após este protocolo, foram utilizadas duas formas de recuperação: C - 15 min de corrida em pista na velocidade do Limiar Aeróbio. DWR: 15 min de corrida aquática, utilizando a freqüência cardíaca de Limiar Aeróbio. O tempo médio dos tiros de 200 m e a concentração de lactato no 10 minuto não foram diferentes entre a C e o DWR. Os valores médios do t ½ (min.) de remoção do lactato sanguíneo, foram significativamente menores após a C comparado ao DWR. Conclui-se que, quando C e DWR são realizados após exercícios de alta intensidade como recuperação ativa, utilizando a mesma intensidade relativa (Limiar aeróbio), a C possui um t ½ (min.) de remoção menor quando comparado ao DWR.