Resumo

O treinamento de força (TF) é uma forma muito popular de treinamento físico para aumentar a força e a massa muscular esquelética. As respostas adaptativas ao TF incluem melhorias na saúde geral, composição corporal e desempenho atlético. Para cada propósito, diferentes esquemas do TF são recomendados por meio da manipulação das variáveis do treinamento, como intensidade, volume, frequência, intervalo de descanso, velocidade de execução, amplitude de movimento, bem como a escolha e ordem dos exercidos, pausa amplitude de movimento e frequência semana. Os efeitos crônicos nos ganhos de força máxima (FM) e resistência de força (RF), com diferentes protocolos de cargas e volume ainda e muito discutido na literatura. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar diferentes cargas externas de treinamento em dois protocolos com volume equalizado de repetições, porém com diferentes distribuições de repetições por séries. Para isso. 16 indivíduos com idade entre 18 e 32 anos, com experiência de pelo menos 1 ano no TF foram divididos em dois grupos experimentais: grupo de Baixa Carga (BC: n=9), e grupo Alta Carga (AC: n=8). Foram realizados testes de 1RM e 60% de 1RM em membros superiores e inferiores (supino e leg press) nos momentos pré e pós período de intervenção. Os dois programas de treinamento de força consistiam em 6 exercícios realizados 4 vezes por semana e o período de intervenção foi de 12 semanas. A normalidade e homogeneidade das variâncias foi verificada por melo dos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. Uma analise de variância de medidas repetidas (ANOVA) foi usada para comparar o efeito do tempo (pré vs pôs) e grupos (BC vs AC) nos testes de 1RM e 60%1RM. Um post-hoc de Bonferroni foi utilizado quando necessário. O nível de significância adotado foi de p<0.05. Ambos os grupos apresentaram aumentos significantes no teste de 1RM no exercícios supino reto (BC: +1.1 kg, p=0.015: AC: +7.5 kg, p<0.001) e leg press (BC: +57.5 kg, p=0.002, AC: +118.0 kg, p<0.001). Para o teste de 60% de 1RM, ambos os grupos apresentaram aumentos significantes no exercício supino reto (BC: +6.8, p-0.015; AC: +3.4, p=0.005) enquanto que, para o exercício (leg press, foram observados incrementos significantes apenas para o grupo BG (BC: +6.3, p=0.005). Portanto, protocolos de alta e baixa carga, podem ser utilizados por indivíduos treinados em força a fim de induzir aumentos na força máxima de membros superiores e inferiores. Quanto à resistência de força de membros inferiores, incrementos de maior magnitude são induzidos pela adoção de baixas cargas.

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