Efeitos crônicos do treinamento pliométrico no VO2máx de corredores de rua com baixa aptidão aeróbica
Por Jefferson Melo Silva (Autor), Fabio Henrique De Freitas (Autor), Bernardo Ouvernek Belinger Da Silva (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Um dos principais parâmetros relacionados a performance da corrida é o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Treinos pliométricos são capazes de beneficiar parâmetros neuromusculares, porém, existem divergências quanto ao uso de treino pliométrico na melhora do VO2máx. Objetivo: investigar os efeitos crônicos do treino pliométrico na melhora do VO2máx em corredores de rua do sexo masculino, com o VO2Máx abaixo de 50 ml/kg/min. Métodos: A amostra foi composta por 16 homens (84,28 ± 10,70 kg de massa corporal; 178 ± 8,28 cm de estatura; 35,12 ± 2,93 anos de idade; 3,66 ± 1,36 anos de prática de corrida de rua). Os participantes foram divididos em dois grupos. Grupo de treino sem pliometria (GTRAD), grupo com intervenção pliométrica (GTP). O GTP realizou movimentos pliométricos com peso corporal com progressão do volume de treino, também realizou o mesmo treino de corrida do GTRAD. Foram realizadas 34 visitas. Nas duas primeiras visitas foram realizados os procedimentos de antropometria e familiarização de aquecimento e o Yo-Yo Intermitent recovery test 1 (Yo-YoIR1). Nas demais visitas foram realizados o protocolo de intervenção durante 10 semanas e o reteste do Yo-YoIR1, que foi utilizado para verificar o VO2máx de forma indireta de acordo com a seguinte fórmula: VO2max (mL/min/kg) = distância do teste Yo-YoIR1 (m) × 0.0084 + 36.4. A estatística foi realizada no software SPSS (versão 22.0; SPSS, Inc., Chicago, IL, USA). Após o teste Shapiro-Wilk, foi utilizado o teste t pareado para determinar alterações no VO2máx pré pós protocolo, e foi realizado um teste t para amostras independentes para determinar diferenças entre os grupos experimentais. Foi adotado um valor de p < 0.05. Resultados: foram observadas diferenças significativas no VO2máx quando comparados os momentos pré e pós, GTP (p = 0,001; df = 7) e GTRAD (p = 0,003; df = 7). Não foram observadas diferenças significativas entre os dois protocolos experimentais (p > 0,05). Conclusão: Não existem diferenças quanto ao uso do treino pliométrico para melhorar o VO2máx de corredores de rua com VO2Máx pré protocolo abaixo de 50 ml/kg/min.