Efeitos Crônicos do Flexionamento Estático Sobre Parâmetros Neuromusculares em Adultos Jovens
Por Mário Cézar de Souza Costa Conceição (Autor), Adriane de Oliveira Sampaio (Autor), Rodrigo Gomes de Souza Vale (Autor), Abdallah Achour Júnior (Autor), Rudy José Nodari Junior (Autor), Estélio Henrique Martin Dantas (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 18, n 3, 2012.
Resumo
INTRODUÇÃO: O treinamento engloba, dentre outras qualidades físicas, a flexibilidade e a força. Assim, conhecer as inter-relações mútuas entre essas qualidades físicas potencializaria a eficácia do treino.
OBJETIVO: Verificar as alterações nos parâmetros neuromusculares em um programa de flexionamento estático, após 12 semanas de intervenção.
MÉTODOS: Participaram 70 cadetes, com idade média de 17,03 ± 1,14 anos, divididos em dois grupos: grupo experimental (GF, n = 35) e grupo controle (GC, n = 35). A força foi avaliada através de 1RM de contração estática nos movimentos de flexão e extensão horizontal de ombro (FFHO/FEHO) e extensão da coluna lombar (FECL). A flexibilidade foi avaliada pelo protocolo LABIFIE de goniometria nos movimentos de flexão e extensão horizontal de ombro (FHO/EHO) e flexão da coluna lombar (FCL). A concentração de hidroxiprolina na urina coletada pelo método Nordin foi realizada pelo protocolo HPROLI 2h.
RESULTADOS: A ANOVA de medidas repetidas demonstrou aumento significativo para FHO (∆% = 3,9%; p = 0,001), EHO (∆% = 21,1%; p = 0,001), FCL (∆% = 73,8%; p = 0,001), FFHO (∆% = 20,4%; p = 0,001) e FECL (∆% = 4,0%; p = 0,008) do pré para o pós-teste. Os níveis de hidroxiprolina não apresentaram alterações significativas. Nas comparações intergrupos, foram encontradas diferenças significativas para FHO (p = 0,016), EHO (p = 0,005), FCL (p = 0,004), FFHO (p = 0,001) e FECL (p = 0,007). O poder do experimento observado foi de 86% para um beta calculado de 0,14.
CONCLUSÃO: O flexionamento estático foi capaz de melhorar tanto a flexibilidade como a