Efeitos da Caminhada em Declive na Aptidão Aeróbia e Neuromuscular em Adultos Jovens
Por Leonardo Coelho Rabello de Lima (Autor), Thiago Pires de Oliveira (Autor), Felipe Bruno Dias de Oliveira (Autor), Fernanda Fioravanti Azank dos Santos (Autor), Claudio de Oliveira Assumpção (Autor), Camila Coelho Greco (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 5, 2015. Da página 1 a 10
Resumo
O treinamento excêntrico de baixa intensidade e alto volume vem sendo adotado para desenvolver a força e a potência muscular. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos do treinamento de caminhada em declive e em plano, em parâmetros de força de membros inferiores e consumo máximo de oxigênio de indivíduos ativos. Dezoito adultos foram separados em grupos de treinamento em plano (GTP - n = 9) em declive (GTD - n = 9). Ambos realizaram um programa de treinamento de 4 semanas. O GTP realizou sete sessões semanais de caminhada no plano, enquanto o GTD caminhou em declive (-16%). Uma semana antes e uma semana após o treinamento, foram medidos o consumo máximo de oxigênio, área de secção transversa músculo-óssea e o pico de torque isométrico dos extensores do joelho e flexores plantares dos participantes. Interação significante grupo-tempo foi identificada apenas para a área de secção transversa dos flexores plantares, demonstrando aumentos para o grupo GTD (112,6 ± 28,9 cm2vs. 115,9 ± 29 cm2), mas não para o GTP (94,9 ± 23,3 cm2vs. 94,6 ± 228 cm2). O consumo máximo de oxigênio permaneceu inalterado após o treinamento para ambos os grupos e o pico de torque isométrico aumentou significantemente após o treinamento para ambos os grupos. Concluímos, então, que um treinamento de caminhada em declive de curto prazo parece não ser eficiente na promoção de melhoras significativas de parâmetros cardiorrespiratórios de adultos jovens, embora seja efetivo no incremento de algumas variáveis relacionadas à aptidão neuromuscular