Resumo

Introdução:

Devido às relações entre os exercícios físicos e o estado de humor (EH), tais atividades estão sendo amplamente utilizadas como estratégias não medicamentosas no tratamento da depressão. Entretanto, a maioria dos estudos tem utilizado amostras de indivíduos que, além de doentes, são mais velhos e sedentários, portanto, apresentam “janelas de adaptações” mais amplas, quando comparados àqueles aparentemente saudáveis ou fisicamente ativos. Sendo assim, os efeitos dos exercícios sobre o EH em idosos fisicamente ativos ainda devem ser esclarecidos.

Objetivo:

Verificar os efeitos agudos de 30 minutos de caminhada, com intensidade entre leve e moderada, sobre o EH de idosos fisicamente ativos.

Métodos:

Foram selecionados, de maneira não probabilística, 43 voluntários (86% mulheres e 14% homens), participantes habituais de um programa de atividades oferecido por uma instituição de saúde de Alagoas. Avaliou-se o EH com o Profile of Mood States (POMS) antes e após 30 minutos da caminhada. A comparação entre as médias foi verificada com o teste t de Student.

Resultados:

Foram observadas diferenças relativas em todas as dimensões do EH, variando entre 16,4% (vigor) e 56,3% (raiva). Entretanto, somente nas dimensões vigor (p = 0,00) e confusão (p = 0,026) verificaram-se diferenças estatisticamente significativas.

Conclusão:

Conclui-se que com 30 minutos de caminhada, realizada com intensidade leve a moderada, conforme recomendado pelas principais diretrizes médicas para a obtenção de benefícios para a saúde geral, pode-se ter uma forma efetiva de promover melhorias no EH de idosos fisicamente ativos. Confirma-se a possibilidade de a caminhada ser uma interessante estratégia não medicamentosa para o tratamento da depressão. Nível de evidência I; Estudos terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento.

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