Resumo

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença multifatorial envolvendo fatores genéticos e ambientais, caracterizada como uma doença inflamatória, crônica, imunomediada, desmielinizante, neurodegenerativa e a causa principal de deficiência neurológica não traumática em adultos jovens. As manifestações clínicas e o curso da doença são heterogêneos e refletem o acúmulo de lesões desmielinizantes nas substâncias branca e cinzenta do cérebro, além da medula espinhal. Apesar de os sinais e sintomas serem muito variáveis, os déficits de equilíbrio postural, marcha, mobilidade funcional e fadiga são considerados frequentes e reduzem a qualidade de vida das pessoas com EM. A fim de melhorar as condições de vida dessa população e evitar a progressão da doença, diferentes métodos de reabilitação e tipos de exercícios tem sido propostos, dentre eles, a equoterapia, que é um método que utiliza o movimento do cavalo, considerado similar com a marcha humana, para promover estímulos neuromotores e sensoriais abrangendo a estrutura corporal, a função, as limitações de atividades e as restrições de participação, podendo promover melhorias em diversos desfechos (como por exemplo: equilíbrio postural e desempenho funcional) e em diferentes populações (como por exemplos: paralisia cerebral e autismo). Objetivo: avaliar os efeitos da intervenção equoterápica no equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida em pessoas com EM remitente-recorrente. Métodos: A tese divide-se em três artigos: o primeiro trata de uma revisão narrativa da literatura sobre o estado da arte da equoterapia como método de reabilitação para pessoas com EM. O segundo e o terceiro artigos são frutos de um estudo experimental para verificar os efeitos da equoterapia em pessoas com EM do tipo remitente-recorrente.

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