Efeitos da inserção de atividades esportivas cooperativas, exercícios aeróbicos e de força, e exercícios respiratórios durante as aulas de educação física na qualidade de vida de estudantes do ensino médio
Por Vitória Camargo Silveira (Autor), Gicele de Oliveira Karini da Cunha (Autor), Gabriel Gustavo Bergmann (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A atividade física destaca-se como um fator importante, especialmente quando realizadas durante as aulas de Educação Física. Considerando o potencial da escola como espaço para promoção da saúde, este estudo avaliou os efeitos de diferentes intervenções realizadas durante as aulas de Educação Física na qualidade de vida de adolescentes MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, conduzido com 326 estudantes do ensino médio técnico dos campi Pelotas e Bagé do Instituto Federal Sul-rio-grandense. Os participantes foram distribuídos em três grupos de intervenção, exercícios respiratórios diafragmáticos (GI-1), exercícios aeróbicos e de força (GI-2), e atividades esportivas cooperativas (GI-3) e um grupo controle (GC). As intervenções ocorreram ao longo de 12 semanas durante as aulas regulares. A qualidade de vida foi avaliada por meio do questionário WHOQOL-bref, aplicado antes e após o período interventivo. Utilizou-se o modelo de Generalized Estimating Equations para análise dos efeitos principais e para interação grupo*momento. Entre os meninos, o escore total variou de 89,44±8,88 para 91,90±9,61 no GC e de 85,72±8,15 para 86,92±9,21 no GI-1 (p=0,568), sem difer;enças nos domínios físico (p=0,553), social (p=0,368), psicológico (p=0,404) ambiental (p=0,890). Para o sexo feminino (escore total GC=86,14±8,94 para 88,70±8,33; GI-1=82,81±9,18 para 84,71±11,92; p=0,563). Nas análises estratificadas por campi (Pelotas p=0,895; Bagé p=0,863), confirmando a ausência de efeitos significativos das intervenções sobre a qualidade de vida. RESULTADOS: Nenhum dos grupos intervenção apresentaram melhorias significativas nos scores de qualidade de vida total nem na estratificação por domínios. O GC não apresentou alterações relevantes. CONCLUSÃO: Indica-se que intervenções escolares isoladas podem ser insuficientes. Este estudo contribui de maneira indireta na formação continuada dos docentes participantes e ainda oportunizou os discentes a distintas práticas corporais que geralmente não estão presentes no currículo escolar. Acredita-se que período reduzido de intervenção, pode não ter sido suficiente para observar modificações significativas nos desfechos multifatoriais avaliados.