Resumo

A massagem constitui um procedimento terapêutico frequentemente utilizado na reabilitação de vários distúrbios orgânicos. Entretanto, são limitadas as evidências que demonstram os benefícios preventivos dessa modalidade na saúde ocupacional. O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos promovidos pela massagem laboral na flexibilidade corpórea e na redução do stress ocupacional em auxiliares de limpeza.  Participaram desse estudo 20 funcionários que exerciam atividades laborais como auxiliares de limpeza em uma instituição de ensino superior de Montes Claros (MG), subdivididos em um grupo experimental – GE (n=12) e controle – GC (n=8). Em todos os indivíduos, foram avaliados os níveis de estresse ocupacional e da flexibilidade articular no pré e pós-teste, sendo que o GE recebeu dez sessões de massagem. Na análise dos dados recorreu-se à estatística descritiva (média, desvio-padrão) e aos testes t de Student, Wilcoxon e Mann-Withney, com níveis de significância de 5%. Como resultados, constatou-se que esses profissionais apresentaram níveis reduzidos de flexibilidade em vários segmentos corpóreos, sendo que o estresse apresentou-se de forma leve. O GE apresentou reduções significativas nos níveis de estresse (p=0,001), além do aumento dos níveis de flexibilidade nas regiões cervical e cinturas escapulares. Ao serem avaliados os índices obtidos entre os grupos, averiguou-se diferenças significativas nos índices de flexibilidade da rotação cervical à esquerda (p=0,013), flexão lateral à esquerda (p=0,001) e à direita (p=0,015), bem como da cintura escapular direita (p=0,018). Portanto pode-se inferir que a massagem laboral demonstrou ser uma ferramenta eficaz para a diminuição do estresse, além do incremento nos níveis de flexibilidade articular.

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