Resumo
Objetivo: Verificar o efeito da suplementação de 4 g/kg/dia doses de whey proteins associado ao treinamento resistido de 12 semanas no miocárdio de ratos machos Wistar. Materiais e Métodos: Estudo realizado com 12 ratos machos da linhagem Wistar com idade inicial de 60 dias e massa corporal de 250g a 350 gramas (g), distribuídos aleatoriamente em quatro grupos, sendo um controle (C), um suplementado (W4), um controle treinado (TC) e treinado e suplementado (TW4). O protocolo teve duração de 12 semanas com suplementação diária e treinamento resistido três vezes por semana. Foi avaliado o consumo de ração (CR), massa corporal total (MCT), massa do miocárdio (MMC), índice de hipertrofia cardíaca (IHC) e o teste de carga máxima (TCM) a cada duas semanas. Resultados: Todos os grupos tiveram um consumo de ração não-linear durante o protocolo. O grupo TC consumiu maiores quantidade médias de ração durante o protocolo. Os grupos suplementados (W4 e TW4) consumiram menores quantidades médias de ração. O grupo TC também apresentou maior média de massa corporal total após o protocolo, quando representado em percentual o grupo W4 possui maior aumento de massa corporal com 59.7%. A massa do miocárdio foi maior no grupo TC, os grupos que receberam suplementação apresentaram menores valores de massa cardíaca. O índice de hipertrofia cardíaca foi maior no grupo (C) e menor no grupo suplementado (W4). A força muscular avaliada pelo teste de carga máxima mostrou um aumento em todos os grupos treinados. Discussão: A suplementação de whey proteins possivelmente promoveu maior saciedade no consumo de ração dos grupos com suplementação. O protocolo de treinamento associado a suplementação utilizado durante períodos longos (como 12 semanas) parece provocar alterações não-lineares no consumo de ração dos ratos. A massa corporal total de todos os grupos aumentou ao final das doze semanas, portanto, essa variável sofreu aumentos independente da aplicação do treinamento resistido e suplementação proteica. O maior nível índice de hipertrofia cardíaca no grupo controle, mostra que não houve um efeito potencializador independente dos estímulos aplicados durante o protocolo. A força muscular possivelmente foi potencializada pela dosagem supra fisiológica de whey proteins. Conclusão: A dosagem supra fisiológica proteica associada ao treinamento resistido de doze semanas não provocou aumentos na varáveis analisadas, com exceção do teste de força aplicado. Quando aplicados de formas independente em seus respectivos grupos, o treinamento resistido e a suplementação proteica promoveram os respectivos aumentos procurados no presente estudo.