Efeitos das fases do ciclo menstrual no desempenho de resistência muscular de mulheres jovens
Por Ana Clara Porto Lopes (Autor), Ana Vitória Leca Lara Campos (Autor), Yan Léo de Melo Vieira (Autor), Nicole de Santos Sá (Autor), Lucas Túlio de Lacerda (Autor), Camila Fernanda Costa (Autor).
Em II Simpósio Internacional de Fisiologia do Exercício e Saúde
Resumo
Pesquisas relacionadas ao desempenho de força muscular são comumente realizadas em homens, devido as características da fisiologia feminina, especificamente a influência das interações afinadas do ciclo menstrual, ciclo ovariano e alterações hormonais reprodutivas femininas. Sabe-se que as adaptações fisiológicas, metabólicas e musculares envolvem numerosos mecanismos, inclusive os hormonais. Neste sentido, alguns estudos avaliaram a diferença do durante o ciclo menstrual na adaptação muscular, no entanto, os resultados são inconsistentes na literatura. Objetivos: Avaliar a resistência de força muscular e percepção de esforço de mulheres nas fases folicular e lútea do ciclo menstrual. Métodos: Para esta pesquisa exploratória e transversal, após aprovação do Comitê de ética em pesquisa (CAAE: 72480123.9.0000.5115), participaram 16 mulheres (por conveniência), com idade de 24 ± 5 anos, com Índice de Massa Corporal de 24 ± 3 kg/m2 , ciclo menstrual regular, sem ingestão de contraceptivos hormonais. As participantes foram avaliadas em duas fases do mesmo CM quanto a: resistência de força muscular abdominal e flexão de braços (testes de 1 minuto), e percepção subjetiva de esforço reduzida (após os testes físicos). As avaliações foram realizadas nas seguintes fases: Folicular, entre 1º e 5º dia do ciclo; Lútea, entre o 16º e 19º dia do ciclo. Os dados foram analisados por testes pareados como Teste T pareado, após verificação da normalidade (Shapiro-Wilk test) no GraphPad Prism 5, e estão apresentados em média ± desvio padrão, considerando diferença estatística p < 0,05. Também, foram calculados a variação em percentual entre as fases (Δ % = ((Fase Lútea Fase Folicular)/Fase Folicular)x100). Resultados: O teste de resistência de força abdominal foi de 41 ± 12 repetições na Fase Folicular e 44 ± 13 repetições na Fase Lútea, com aumento de 9% para a fase Lútea (p = 0,128). Para a flexão de braço, houve aumento de 28% na Fase Lútea, com 30 ± 12 repetições versus 27 ± 12 repetições na Fase Folicular (p = 0,145). Para a Percepção Subjetiva de Esforço, também não houveram diferença estatística entre as fases folicular e lútea, respectivamente para ambos os testes: Abdominal (6 ± 2 vs 6 ± 2); Flexão de Braço (6 ± 3 vs 6 ± 2), p > 0,05.