Efeitos das Meias de Compressão Sobre a Recuperação em Futebolistas
Por Izabela Aparecida dos Santos (Autor), Marina de Paiva Lemos (Autor), Markus Vinícius Campos Souza (Autor), Gustavo Ribeiro da Mota (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: As meias de compressão (MC) é uma estratégia que promete melhorar o processo de recuperação. A simplicidade e a praticidade para utilizá-las torna esse recurso interessante para o cotidiano de atletas e praticantes. Até o momento, entretanto, encontra-se escasso na literatura informações referentes à sua efetividade no processo de recuperação em futebolistas. OBJETIVO: Analisar o efeito das meias de compressão sobre a recuperação em futebolistas. MÉTODOS: De maneira randomizada, dezesseis jogadoras com idade 22,5 ± 1,71 anos, massa 63,8 ± 3,32 kg e IMC 23,9 ± 2,01 foram alocadas em dois grupos: grupo meia de compressão (GMC) e grupo meia controle (GCON). Antes de todas as sessões, era reportada a percepção subjetiva de recuperação (PSREC). No primeiro dia (dia 1) foram realizados dois testes físicos que serviram como baseline, Illinois Agility Run test (IAR) e Yo-Yo Intermitent Endurance level 2 (Yo-YoIE2) usando cardiofrequêncímetro (Polar Team System®) para a obtenção da frequência cardíaca (FC), após a percepção subjetiva de esforço (PSE) foi registrada. No segundo dia (dia 2) foi realizado um jogo de futsal seguindo todas as regras oficiais, exceto substituições não eram permitidas, com duas equipes equilibradas técnica, tática e fisicamente conforme avaliação da treinadora. Após o jogo, foi executado o Yo-YoIE2 e a PSE foi mencionada, em seguida, foram distribuídas as meias (compressão e controle), onde as futebolistas foram instruídas a utilizarem as meias por 24hs consecutivas. Dado às 24hs (dia 3), as jogadoras retiraram as meias e então, efetuaram o mesmo protocolo do dia 1. Os dados do presente estudo foram expressos em média ± desvio padrão e adotado o de p<0,05. RESULTADOS: O GCON reportou estar menos recuperado através da PSREC no dia 3 (12,0 ± 0,5 UA), quando comparado ao dia 1 (14,6 ± 0,4 UA; p<0,05), por outro lado a PSREC do GMC não diferiu do dia 1 para o dia 3 (p<0,05). Além disso, ambos os grupos diminuíram a distância percorrida no teste Yo-YoIE2 no dia 1 (107,5 ± 7,5m em GCON; 122,5 ± 7,6m em GMC), quando confrontado com o dia 2 (72,5 ±7,5m em GCON; 70,0 ± 8,4m em GMC; p<0,05). Não foi evidenciada diferença quanto a variável fisiológica (FC) e também em variáveis físicas, o desempenho (Yo-YoIE2 no dia 1 vs ao dia 3) e a agilidade (dada em segundos) (IAR no dia 1 vs dia 3) analisadas (p<0,05). CONCLUSÃO: Os dados do presente estudo nos permite concluir que o jogo reduz agudamente o desempenho do teste Yo-YoIE2. Além disso, a utilização das MC durante 24h manteve a PSREC após um estresse físico, entretanto não se mostrou efetiva em variáveis físicas e fisiológica.