Efeitos de 12 semanas de uma Intervenção de Ginástica Educacional na Aptidão Física de Pré-escolares
Por Emmile Cavalcante de Oliveira (Autor), Clarice Maria de Lucena Martins (Autor), Fernando de Aguiar Lemos (Autor), Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
A aptidão física na primeira infância é um marcador importante de saúde. Intervenções estruturadas no ambiente pré-escolar podem favorecer o aprimoramento de componentes da aptidão física. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de uma intervenção de 12 semanas com ginástica educacional sobre componentes da aptidão física de pré-escolares. MÉTODOS: Participaram do estudo 33 crianças alocadas em dois grupos: grupo experimental (n=16; idade = 4,89 ± 0,31 anos; IMC = 15,7 ± 2,19 kg/m²) e grupo controle (n=17; idade = 4,73 ± 0,28 anos; IMC = 16,2 ± 1,94 kg/m²). O grupo experimental (GE) participou de 30 sessões de ginástica educacional (3x/semana; 30-35 min), enquanto o grupo controle (GC) manteve a rotina escolar. A aptidão física foi avaliada por meio dos testes da bateria PREFIT: corrida 4x10m (agilidade), corrida de 6 minutos (capacidade cardiorrespiratória) e salto horizontal (força de membros inferiores). Os dados foram analisados com modelos lineares mistos (p<0,05). RESULTADOS: A intervenção promoveu melhora significativa na agilidade do GE (redução média de 2,80 s; p<0,001), enquanto o grupo controle apresentou piora do tempo (aumento de 2,04 s; p=0,03). A comparação entre os grupos também foi significativa (diferença entre grupos = -4,84 s; p<0,001), indicando um efeito positivo da intervenção. Para a capacidade cardiorrespiratória e força de membros inferiores, não foram observadas diferenças significativas intra ou intergrupos. CONCLUSÃO: Verificou-se efeito da intervenção de ginástica educacional na agilidade de pré-escolares. Intervenções com maior volume e intensidade podem ser necessárias para aprimorar a força e a capacidade cardiorrespiratória nessa fase do desenvolvimento.