Resumo

O envelhecimento é um processo natural em que ocorrem declínios das capacidades físicas e cognitivas, acarretando em aumento do tempo de resposta motora (TR), o que implica diretamente na redução da funcionalidade para esta população. Nesse sentido, o Treinamen-to Funcional (TF) apresenta destaque na literatura pela diminuição dos declínios funcionais. Além deste, o Brain Functional Training (BFT) surge na literatura como proposta a enfatizar os efeitos cognitivos gerados pelo treinamento funcional, como a melhora da conexão dos centros cerebrais. No entanto, não estão claros os efeitos do BFT e TF no tempo de resposta da pessoa idosa. Objetivo: Analisar os efeitos de 16 semanas de BFT e TF no tempo de resposta motora em mulheres idosas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado de 16 semanas, com avaliações antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento, e contou com 63 mulheres idosas que foram alocadas em três grupos: Brain Functional Training (BFT), Treinamento Funcional (TF), e grupo controle (GC).O tempo de resposta motora foi avaliado avaliado antes e após as 16 semanas de intervenção através do aparelho BlazePod®, onde o participante é requisitado a pressionar um aparelho luminoso, em três diferentes etapas: TR simples sentado (TR1), com apenas um estímulo (azul) e o participante em posição sentado; TR seleção sentado (TR2), em que há um estímulo confundidor, e TR seleção em pé (TR3), em há o estímulo confundidor e o participante em bipedestação. Foram realizadas três sessões de treinamento por semana em dias não consecutivos, com duração de 50 minutos cada. O BFT e o TF contavam com exercícios semelhantes às atividades do cotidiano, sendo que o BFT contou adicionalmente com exercí-cios que utilizavam diferentes estratégias de dupla tarefa, e o GC realizou o treinamento Tai Chi Chuan, seguindo a sequência Baduanjin. A comparação de médias foi analisada através da ANOVA de medidas repetidas com Post Hoc de Bonferroni, aceito significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Foi encontrado diferença estatisticamente significativa entre o momento pré do TF e do BFT. O TF apresentou melhora estatisticamente significativas no TR, para todas as etapas, sendo TR1(PRÉ:1029 ± 163; PÓS:879±120; p < 0,001), TR2(PRÉ:1083 ± 191; PÓS:927 ± 136; p = 0,002) e TR3(PRÉ:1582 ± 225; PÓS:1347 ± 138 ; p < 0,001). Os demais grupos não apresentaram diferença significativa de pré para pós, sendo: BFT, com TR1(PRÉ:846 ± 141; PÓS:820 ± 115; p = 1,000), TR2 (PRÉ:922 ± 124 ; PÓS:877 ± 117; p = 1,000) e TR3(PRÉ:1376 ± 180 ; PÓS:1272 ± 154; p = 0,58); e o GC, com TR1(PRÉ:942 ± 111; PÓS:859 ± 151;p = 702),TR2(PRÉ:1022 ± 144;PÓS:991 ± 166;p = 1.000)eTR3(PRÉ:1454 ± 223;PÓS:1427 ± 190;p = 1.000). Conclusão: Após 16 semanas de Treinamento, apenas o TF mostrou-se eficaz na melhora do tempo de resposta em mulheres idosas. Contudo, é válido que todos os grupos encerraram o estudo com graus similares de Tempo de Resposta

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