Efeitos de 16 semanas de brain functional training e treinamento funcional no tempo de resposta de mulheres idosas
Por Irivam Batista da Silva neto (Autor), Aluiso André Dantas de Sousa (Autor), Bruna Perez Costa Lima (Autor), Túlio Chaves Mendes (Autor), Daniel de Medeiros Leiros (Autor), Maria Ester de Oliveira Farias (Autor), Hassan Mohamed Elsangedy (Autor), Leônidas de Oliveira Neto (Autor).
Resumo
O envelhecimento é um processo natural em que ocorrem declínios das capacidades físicas e cognitivas, acarretando em aumento do tempo de resposta motora (TR), o que implica diretamente na redução da funcionalidade para esta população. Nesse sentido, o Treinamen-to Funcional (TF) apresenta destaque na literatura pela diminuição dos declínios funcionais. Além deste, o Brain Functional Training (BFT) surge na literatura como proposta a enfatizar os efeitos cognitivos gerados pelo treinamento funcional, como a melhora da conexão dos centros cerebrais. No entanto, não estão claros os efeitos do BFT e TF no tempo de resposta da pessoa idosa. Objetivo: Analisar os efeitos de 16 semanas de BFT e TF no tempo de resposta motora em mulheres idosas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado de 16 semanas, com avaliações antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento, e contou com 63 mulheres idosas que foram alocadas em três grupos: Brain Functional Training (BFT), Treinamento Funcional (TF), e grupo controle (GC).O tempo de resposta motora foi avaliado avaliado antes e após as 16 semanas de intervenção através do aparelho BlazePod®, onde o participante é requisitado a pressionar um aparelho luminoso, em três diferentes etapas: TR simples sentado (TR1), com apenas um estímulo (azul) e o participante em posição sentado; TR seleção sentado (TR2), em que há um estímulo confundidor, e TR seleção em pé (TR3), em há o estímulo confundidor e o participante em bipedestação. Foram realizadas três sessões de treinamento por semana em dias não consecutivos, com duração de 50 minutos cada. O BFT e o TF contavam com exercícios semelhantes às atividades do cotidiano, sendo que o BFT contou adicionalmente com exercí-cios que utilizavam diferentes estratégias de dupla tarefa, e o GC realizou o treinamento Tai Chi Chuan, seguindo a sequência Baduanjin. A comparação de médias foi analisada através da ANOVA de medidas repetidas com Post Hoc de Bonferroni, aceito significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Foi encontrado diferença estatisticamente significativa entre o momento pré do TF e do BFT. O TF apresentou melhora estatisticamente significativas no TR, para todas as etapas, sendo TR1(PRÉ:1029 ± 163; PÓS:879±120; p < 0,001), TR2(PRÉ:1083 ± 191; PÓS:927 ± 136; p = 0,002) e TR3(PRÉ:1582 ± 225; PÓS:1347 ± 138 ; p < 0,001). Os demais grupos não apresentaram diferença significativa de pré para pós, sendo: BFT, com TR1(PRÉ:846 ± 141; PÓS:820 ± 115; p = 1,000), TR2 (PRÉ:922 ± 124 ; PÓS:877 ± 117; p = 1,000) e TR3(PRÉ:1376 ± 180 ; PÓS:1272 ± 154; p = 0,58); e o GC, com TR1(PRÉ:942 ± 111; PÓS:859 ± 151;p = 702),TR2(PRÉ:1022 ± 144;PÓS:991 ± 166;p = 1.000)eTR3(PRÉ:1454 ± 223;PÓS:1427 ± 190;p = 1.000). Conclusão: Após 16 semanas de Treinamento, apenas o TF mostrou-se eficaz na melhora do tempo de resposta em mulheres idosas. Contudo, é válido que todos os grupos encerraram o estudo com graus similares de Tempo de Resposta