Resumo

O presente documento teve como objetivo mensurar os efeitos de 16 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade-multimodal (HIIT-MM) em variáveis antropométricas e de desempenho físico de jovens atletas de futebol. Vinte atletas de futebol da categoria sub-17 foram randomizados em dois grupos: HIIT-MM (n=10; 6 x 1 min : 3 min) e treinamento de força tradicional (TRAD; n=10; ~45-60%1RM), durante 16 semanas. Pré e pós intervenção, realizaram- se medidas de massa corporal e percentual de gordura corporal (%GC); repetições máximas (RM) no supino reto, levantamento terra e agachamento; velocidade de sprint de 10 m (S10) e 20 m (S20); squat jump (SJ), countermovement jump (CMJ), potência de membros inferiores (PMI), resistência aeróbia máxima e consumo máximo de oxigênio (VO2max). Para comparações entre grupos e momentos, foi realizada ANOVA two-way. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05. Não foram encontradas modificações para massa corporal, %GC e S20 nos dois grupos. Identificou-se efeito do momento para RM no supino (p < 0,001), levantamento terra (p < 0,001), agachamento (p < 0,001), S10 (p < 0,001), CMJ (p < 0,001), resistência aeróbia máxima (p < 0,001) e VO2max (p < 0,001). Foram encontradas interações para SJ e PMI, com incremento estatisticamente significante apenas no grupo HIIT- MM (p < 0,05). Conclui-se que, HIIT-MM apresenta viabilidade prática similar ao TRAD, sendo eficiente para aprimorar parâmetros de força, além de variáveis de desempenho físico relacionadas à aptidão cardiorrespiratória e PMI de jovens atletas de futebol, o que pode otimizar o trabalho de preparadores físicos.

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