Efeitos de 24 semanas de intervenção na aptidão muscular e cardiorrespiratória de adolescentes: um ensaio clínico de base escolar
Por Thais Maria de Souza Silva (Autor), Géssika Castilho dos Santos (Autor), Jadson Marcio da Silva (Autor), Maria Carolina Juvencio Francisquini (Autor), Renan Camargo Correa (Autor), Rodrigo de Oliveira Barbosa (Autor), Pedro Henrique Garcia Dias (Autor), Antonio Stabelini Neto (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A prática regular de atividade física (AF) está associada a inúmeros benefícios para a saúde, inclusive melhora da aptidão física. O ambiente escolar tem se mostrado um cenário ideal para promover AF em adolescentes, e programas de base escolar demonstraram ser mais efetivos para a melhora da aptidão cardiorrespiratória dessa população, sendo que para a aptidão muscular, os resultados ainda são inconclusivos. OBJETIVO: Verificar os efeitos de uma intervenção de 24 semanas de um programa de atividade física na aptidão física de adolescentes. MÉTODOS: 381 adolescentes de ambos os sexos (45,7% do sexo feminino; idade de 14,4 ± 8,1 anos) foram aleatorizados em grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). O programa de atividade física incluiu sessões estruturadas de AF no ambiente escolar, 2 vezes por semana, com duração de 20 minutos, e orientações sobre estilo de vida saudável via WhatsApp. A aptidão muscular foi mensurada através do teste de flexão de 90º graus, teste de preensão manual e salto horizontal. A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada através do teste PACER. Para analisar os efeitos da intervenção sobre a aptidão física foram construídas equações de estimativas generalizadas. Foi adotado um nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: Diferenças significativas foram encontradas para o salto horizontal no GI (Pré: 137,0; IC95%: 36,9; 237,1 x Pós: 143,5; IC95%: 43,5; 243,6). Não foram encontradas diferenças significativas em ambos os grupos para os testes de flexão de braços [GI (Pré: 15,45; IC95%: -0,73; 31,63 x Pós: 16,06; IC95%: -0,09; 32,23); GC (Pré: 14,39; IC95%: -1,67; 30,47 x Pós: 15,36; IC95%: -0,70; 31,43)], preensão manual [GI (Pré: 26,64; IC95%: -0,69; 53,98 x Pós: 27,77; IC95%: 0,46; 55,09); GC (Pré: 28,19; IC95%: 1,17; 55,21 x Pós: 29,20; IC95%: 2,17; 56,22)] e PACER [GI (Pré: 24,45; IC95%: -16,25; 65,16 x Pós: 26,06; IC95%: -14,85; 66,98); GC (Pré: 22,49; IC95%: -16,25; 65,16 x Pós: 25,30; IC95%: -15,92; 66,52)]. CONCLUSÃO: Após 24 semanas de intervenção com o programa de atividade física houve melhora significativa da aptidão muscular de membros inferiores de adolescentes. Não foram encontradas melhoras significativas para aptidão muscular de membros superiores e aptidão cardiorrespiratória.