Resumo

A lesão medular espinhal (LME) é uma condição incapacitante que afeta a vida dos indivíduos, com consequências fisiológicas, psicológicas e econômicas. Os sintomas variam de acordo com a localização da lesão e incluem disfunção motora e sensitiva, distonia muscular, reflexos patológicos, problemas cardiopulmonares, urinários, intestinais, sexuais e questões associadas à perda de capacidade física. O exercício, em especial o treinamento resistido tradicional (TRT) é considerado uma estratégia importante de tratamento para pessoas com LME, melhorando sua independência e prevenindo complicações secundárias. Dentre as modalidades de treinamento resistido, o treinamento resistido reforçado excentricamente (TRRE) é particularmente benéfico, pois melhora a potência muscular e, portanto, a funcionalidade, mobilidade e qualidade de vida. A literatura mostra que a realização de repetições em alta velocidade, comumente chamadas de treinamento de potência (POT), melhoram a potência muscular. Aumentos na força e potência são benéficos para pacientes com LME, pois influenciam na melhora da funcionalidade, da mobilidade e na prevenção de quedas, aumentando sua qualidade de vida. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de 3 métodos de treinamento resistido - TRT, TRRE e POT - sobre as manifestações da força em pessoas com LME. Métodos: Os indivíduos foram divididos em 3 grupos de 15 e realizaram 8 semanas de treinamento com exercícios de membros superiores para todos os grupos musculares de função preservada, com volume progressivo e intensidade de alta a moderada (OMNI-RES). Os testes foram realizados no exercício de flexão de cotovelos e avaliaram: contração isométrica voluntária máxima (CVIM), força máxima (FM) 1RM e potência com 40%, 60% e 80% de 1RM. Os dados foram analisados descritivamente e avaliada a normalidade com o teste de Shapiro-Wilk. Variáveis não normais foram transformadas logaritmicamente (base 10).

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