Efeitos de diferentes métodos de treinamento resistido sobre a força de pessoas com lesão medular
Por Lucas Vieira Santos (Autor), Karla Raphaela da Silva Ramos Freitas (Autor), Eveline Torres Pereira (Autor), Claudia Eliza do Patrocínio de Oliveira (Autor), Osvaldo Costa Moreira (Autor).
Em II Simpósio Internacional de Fisiologia do Exercício e Saúde
Resumo
A lesão medular espinhal (LME) é uma condição incapacitante que afeta a vida dos indivíduos, com consequências fisiológicas, psicológicas e econômicas. Os sintomas variam de acordo com a localização da lesão e incluem disfunção motora e sensitiva, distonia muscular, reflexos patológicos, problemas cardiopulmonares, urinários, intestinais, sexuais e questões associadas à perda de capacidade física. O exercício, em especial o treinamento resistido tradicional (TRT) é considerado uma estratégia importante de tratamento para pessoas com LME, melhorando sua independência e prevenindo complicações secundárias. Dentre as modalidades de treinamento resistido, o treinamento resistido reforçado excentricamente (TRRE) é particularmente benéfico, pois melhora a potência muscular e, portanto, a funcionalidade, mobilidade e qualidade de vida. A literatura mostra que a realização de repetições em alta velocidade, comumente chamadas de treinamento de potência (POT), melhoram a potência muscular. Aumentos na força e potência são benéficos para pacientes com LME, pois influenciam na melhora da funcionalidade, da mobilidade e na prevenção de quedas, aumentando sua qualidade de vida. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de 3 métodos de treinamento resistido - TRT, TRRE e POT - sobre as manifestações da força em pessoas com LME. Métodos: Os indivíduos foram divididos em 3 grupos de 15 e realizaram 8 semanas de treinamento com exercícios de membros superiores para todos os grupos musculares de função preservada, com volume progressivo e intensidade de alta a moderada (OMNI-RES). Os testes foram realizados no exercício de flexão de cotovelos e avaliaram: contração isométrica voluntária máxima (CVIM), força máxima (FM) 1RM e potência com 40%, 60% e 80% de 1RM. Os dados foram analisados descritivamente e avaliada a normalidade com o teste de Shapiro-Wilk. Variáveis não normais foram transformadas logaritmicamente (base 10).