Efeitos de diferentes programas de treinamento de força no meio aquático na força muscular e capacidade funcional de mulheres idosas
Por Thaís Reichert (Autor), Natália C. Bagatini (Autor), Rodrigo S. Delevatti (Autor), Alexandre K.G. Prado (Autor), Nicole M. Simmer (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O envelhecimento gera decréscimos na força muscular, afetando a capacidade do idoso de realizar atividades de vida diária. O treinamento de força tem sido indicado para minimizar tais efeitos deletérios. Além disso, recomenda-se a realização de exercício no meio aquático para a população idosa. No entanto, investigações sobre treinamento de força no meio aquático são recentes e não foi encontrado nenhum estudo investigando qual a estratégia de treinamento é mais eficiente para incrementar a força em idosos. OBJETIVO: Comparar os efeitos de treinamentos de força no meio aquático: treinamento série simples de 30 segundos (1x30), treinamento série simples de 10 segundos (1x10) e treinamento séries múltiplas de 10 segundos (3x10), na força muscular e capacidade funcional de mulheres idosas. MÉTODOS: Os sujeitos foram randomizados entre os três grupos (1x30: 66 ± 1 anos, n = 12; 1x10: 65 ± 1, n = 13; 3x10: 66 ± 1, n = 11). O treinamento teve a duração de 12 semanas com duas sessões semanais e os exercícios foram realizados na máxima velocidade de execução. A força muscular máxima (1RM) e a força resistente de quatro exercícios foram avaliadas. A capacidade funcional foi avaliada por meio de testes funcionais. Utilizou-se o teste Generalized Estimating Equations com post hoc de Bonferroni (α=0,05). RESULTADOS: Observouse um aumento significativo da força muscular máxima de extensão de joelho (1x30: 38%; 1x10s: 27%; 3x10: 15%; p < 0,001), flexão de joelho (1x30: 21%; 1x10: 18%; 3x10: 21%; p < 0,001) e flexão de cotovelo (1x30: 20%; 1x10: 17%; 3x10: 16%, p < 0,001) de todos os grupos. No entanto, a força máxima no exercício supino apresentou um incremento significativo somente nos grupos 1x30 (33%; p = 0,001) e 1x10 (11%; p = 0,001). A força resistente de extensão de joelho (1x30: 42%; 1x10: 57%; 3x10: 28%; p = 0,001), flexão de joelho (1x30: 96%; 1x10: 41%; 3x10: 101%; p = 0,009), flexão de cotovelo (1x30: 65%; 1x10: 54%; 3x10: 93%; p = 0,001) e no exercício supino (1x30: 87%; 1x10: 7%; 3x10: 46%; p = 0,002) aumentou significativamente em todos os. Por fim, todos os grupos incrementaram os testes funcionais flexão de cotovelo (1x30: 21%; 1x10: 19%; 3x10: 53%; p < 0,001) e sentar e levantar (1x30: 26%; 1x10: 16%; 3x10: 33%; p < 0,001). CONCLUSÃO: Os três grupos incrementaram a força muscular máxima de extensão e flexão de joelho e de flexão de cotovelo, no entanto somente os grupos 1x30 e 1x10 aumentaram a força máxima no supino. Além disso, todos os grupos apresentaram melhoras na força resistente e nos testes funcionais.