Resumo

Objetivo: Comparar os efeitos de dois diferentes protocolos de treinamento resistido (TR) nos ganhos de força e resistência de força em adolescentes de ambos os sexos destreinados. Métodos: 45 adolescentes de ambos os sexos destreinados (13,74 anos ± 0,76 anos; 161,32 ± 7,53 cm; 56,79 ± 13,40 Kg) foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: altas cargas e baixas repetições (AC, n = 17, M/F = 10/7), que executava entre 4 a 6 repetições máximas (RMs); cargas moderadas e altas repetições (CM, n = 16, M/F = 7/9), que executava entre 12 a 15 RMs; e controle (CON, n = 12, M/F = 2/10), que não realizou TR. O TR era executado durante 9 semanas, 2 vezes por semana. Foram realizados testes de 1 RM e testes de resistência de força com 70% da 1 RM, no supino reto na barra e no agachamento no Hack Smith Machine. A análise estatística foi realizada por meio de testes de t para medidas dependentes e a comparação entre grupos foi realizada por meio de uma ANCOVA, usando os valores iniciais como covariantes. No teste de 1 RM de supino, o grupo AC e CM aumentaram significativamente as cargas, passando de 31,41 ± 7,08 Kg para 36,05 ± 9,07 Kg e de 30,87 ± 7,11 Kg para 35,25 ± 6,84 Kg, respectivamente. No teste de 1 RM no agachamento, os grupos AC e CM significativamente aumentaram, respectivamente, de 61,17 ± 13,05 Kg para 77,29 ± 16.60 Kg e 60,87 ± 10,55 Kg para 76,5 ± 14,35 Kg. No teste com 70% de 1 RM houveram aumentos significativos no grupo AC, que foi de 11,35 ± 4,47 para 13 ± 4,27 RMs e no grupo CM, que foi de 10,93 ± 2,29 para 13,31 ± 3,62 RMs, no supino. No agachamento, as RMs tiveram aumentos significativos, passando de 10,29 ± 3,98 para 13,52 ± 3,87 no grupo AC e de 11 ± 5,87 para 14,56 ± 5,30 no grupo CM.O grupo controle não mostrou ganhos significativos para nenhum dos testes realizados. Conclusão: Os resultados apontam que para aumentar a força máxima e a resistência de força em adolescentes destreinados, pode-se utilizar protocolos com altas cargas e baixas repetições (AC) ou com cargas moderadas e altas repetições (CM). Os dados mostram não haver diferença entre os protocolos AC e CM para nenhuma das variáveis analisadas e ambos se mostraram eficientes para aumentar tanto a força máxima quanto a resistência de força.

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