Resumo

Introdução: A infecção pelo HIV e a terapia antirretroviral ocasionam modificações sobre o controle autonômico cardíaco. Sabe-se que a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) está relacionada à mortalidade e avanço da infecção pelo HIV. Assim o exercício físico atua como tratamento não-farmacológico afim de reverter tal situação. Objetivo: Analisar os efeitos de 12 semanas de treinamento combinado periodizado (TCP) sobre a VFC em pessoas infectadas pelo HIV. Métodos: Participaram do estudo 10 indivíduos infectados pelo HIV, com média de idade 41,2 ± 7,6 anos que são atendidos no projeto VIDA+. Eles foram submetidos a 12 semanas de TCP composto por exercícios resistidos periodizados de forma não-linear (agachamento, supino reto, mesa flexora, puxada frontal, panturrilha sentada e desenvolvimento de ombro) seguidos de exercício aeróbico (esteira rolante) periodizado de forma polarizada, com frequência de três vezes por semana. Antes e após as 12 semanas de treinamento, os indivíduos foram orientados a permanecer deitados durante dez minutos, onde a VFC foi monitorado durante este período a frequência cardíaca. A VFC foi realizada com auxílio de um frequencímetro Polar RS800CX, sendo os dados foram transferidos para o software Polar ProTrainer 5TM e analisados no software Kubios HRV Standard®. Para verificar diferenças entre os momentos (prévs pós) foi utilizado o teste t de Student com nível de significância quando p<0,05. Resultados: Após doze semanas de TCP foi verificado que houve aumento do mean RR (p = 0,0014); HF (p=0,012) e redução do LF (p=0,001) e LF/HF (p>0,001). Além disso, não foi verificado diferenças significativas do SDNN (p=0,911) e rMSSD (p=0,971). Conclusão: O TCP foi capaz de modular a atividade cardíaca fazendo com que a atividade parassimpática se sobrepõe a atividade simpática em repouso

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