Efeitos de sistemas de treinamento com pesos com cargas fixas e variáveis sobre a composição corporal e força muscular em idosas
Por Leandro dos Santos (Autor), Alex Silva Ribeiro (Autor), Edilaine F. Cavalcante (Autor), Edilaine F. Cavalcante (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A manipulação das variáveis do treinamento com pesos (TP) pode promover diferentes adaptações morfofuncionais em idosos. As alterações na composição corporal e força, advindas do TP no sistema convencional, em que as cargas são fixas ao longo das séries, já foram bem documentadas, no entanto, pouco se sabe sobre as respostas adaptativas às variações nas cargas ao longo das séries. OBJETIVO: Comparar os efeitos de dois sistemas de TP, o convencional e o sistema meia-pirâmide decrescente, sobre a composição corporal e força muscular de mulheres idosas (> 60 anos idade). MÉTODOS: Trinta e uma mulheres saudáveis e fisicamente independentes (67,0 ± 4,6 anos, 68,7 ± 12,7 kg, 1,58 ± 0,1 m.), foram aleatoriamente alocadas em dois grupos (CONV = 16 e PIR = 15) e submetidas a 8 semanas de TP. Ambos os grupos realizavam os treinamentos 3 vezes por semana no período da manhã, 8 exercícios, 3 séries por exercício. O CONV realizava 3 séries de 8 a 12 repetições em cada exercício, enquanto o PIR realizava 3 séries com variação de 15, 10 e 5 repetições. Foram avaliadas pré e pós-treinamento a antropometria (massa corporal e estatura), massa muscular apendicular (MMA) e a massa gorda (MG), por meio da absortometria de raios-X de dupla energia (DEXA) e a massa muscular esquelética (MME) foi calculada com a equação de Kim et al. (2002). A força muscular foi mensurada por meio do teste de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios de cadeira extensora (EX1RM), supino vertical (SUP1RM) e rosca bíceps (ROS1RM). Anova two-way foi utilizada para a comparação entre os grupos. Significância estatística 5%. RESULTADOS: Nenhuma interação grupo x tempo significante foi verificada. Foram observados incrementos significantes para a MMA (CONV. +4,3% e PIR. +3,2%), MME (CONV. +3,8% e PIR. +2,9%), EXT1RM (CONV. +14,8% e PIR. +9,5%) e SUP1RM (CONV. +12,7% e PIR. +10,3%) e redução da MG (CONV. -8,6% e PIR. -2,5%). CONCLUSÃO: Os efeitos resultantes do TP com sistema de cargas variáveis foram semelhantes ao sistema com cargas fixas, promovendo alterações significantes na composição corporal e força em mulheres idosas.