Efeitos de Treinos de Sprint Repetidos na Faixa de Tamponamento Isocápnico em Jogadores de Voleibol
Por Selcenkormaz Erylmaz (Autor), Kerimhan Kaynak (Autor), Metin Polat (Autor), Sami Aydoğan (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 23, n 4, 2017. Da página 286 a 290
Resumo
Introdução: a região entre o limiar ventilatório (VT) e o ponto de compensação respiratório (RCP) é definido como faixa de temporamento isocápnico (ICB) e representa a fase de compensação para a acidose metabólica induzida por exercício. Há escassa literatura examinando os efeitos do treinamento físico na fase ICB em atletas. Objetivos: o objetivo desse estudo foi examinar os efeitos do programa de treinamento de Srint repetido na fase ICB em jogadores universitários de voleibol. Métodos: dezoito jogadores homens de voleibol foram aleatoriamente designados para um grupo experimental (n=9) ou um grupo controle (n=9) e completaram um programa tradicional de treinamento de voleibol três vezes por semana, durante seis semanas. O grupo experimental, adicionalmente, realizou um protocolo de treinamento de sprint repetido imediatamente antes de cada sessão de treinamento de voleibol. Antes e após o período de treinamento de 6 semanas, todos os participantes realizaram um teste de esteira experimental para determinar VT, RCP e consumo máximo de oxigênio (VO2max). As fases ICB foram calculadas como VO2 (ml/kg/min) e velocidade de corrida ( km/h). Resultados: o grupo experimental mostrou melhorias significativas na fase ICB, RCP, VO2max e velocidade de corrida máxima depois do treino (p < 0.01). Não houve mudanças significativas no VT após o treino no grupo experimental (p > 0.05). Nenhuma das variáveis mudou significativamente no grupo controle (p > 0.05). Conclusões: a partir desses resultados, concluímos que o treinamento de Sprint repetido pode realçar a fase ICB em jogadores de voleibol, que podem ser atribuídos à melhora do efeito tampão, levando ao deslocamento da RCP para intensidades mais altas, sem nenhuma mudança no VT. O aumento na fase ICB pode ser um fator importante em relação à melhora na tolerância ao exercício de alta intensidade em atletas. Nível de evidência II, Estudos terapêuticos – Investigação dos resultados do tratamento.