Resumo
As propriedades mecânicas do tendão calcanear (TC) in vivo podem sofrer mudanças quando submetidos a intervenções crônicas e podem ser visualizadas através das técnicas de imagem, como a ultrassonografia (US). O objetivo deste trabalho foi em avaliar os efeitos de um programa de alongamento na tensão máxima (força máxima/área de secção transversa (AST)) do TC através de imagens de US realizadas no plano transversal e adquiridas na amplitude máxima de mobilização passiva do tornozelo no dinamômetro isocinético. A amostra foi constituída de 16 homens jovens saudáveis, divididos em grupos de alongamento (n=9) e de controle (n=7). O protocolo de alongamento foi aplicado por 10 semanas, em duas séries de 30 segundos, 5 vezes na semana. Após o período de alongamento, a amplitude máxima de dorsiflexão apresentou aumento significativo (pré-teste: 26,12 ± 6,13° e pós-teste: 28,87 ± 7,32°). Não foram encontradas mudanças significativas no torque passivo máximo, na força passiva máxima, na AST e na tensão do TC o que sugere adaptações estruturais do tendão calcanear.