Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos de dois programas de aquecimento sobre os padrões de movimento, controle postural dinâmico, flexibilidade, estabilidade central, força de isquiostibiais e desempenho funcional dos membros superiores em atletas juvenis de rugby feminino. Participaram do estudo 18 atletas juvenis de rugby feminino. As atletas foram alocadas em Grupo Safe Rugby VSR – GSR (n=10) e Grupo Tradicional – GT (n=8). O GSR realizou o aquecimento composto por exercícios de mobilidade, estabilidade da cintura escapular, exercícios de core, técnicas de corrida, exercícios de equilíbrio e sprints, enquanto o GT realizou o aquecimento tradicional proposto pelo programa de treinamento. A intervenção teve duração de 12 semanas, com 2 sessões semanais. Todas as atletas foram avaliadas antes e depois da intervenção através dos testes Functional Movement Screen com a finalidade de quantificar os padrões de movimento, Y-Balance Test adaptado para avaliar o controle postural dinâmico, sentar e alcançar através do Banco de Wells para avaliação da flexibilidade, abaixamento da perna estendida adaptado para avaliar a estabilidade central, Single Leg Bridge Test modificado para quantificar a força de isquiostibiais e Upper Quarter Y-Balance Test adaptado para avaliar o desempenho funcional de membros superiores. A análise estatística foi realizada através de ANOVA two-way, com post-hoc de Bonferroni e d. Cohen. Após as 12 semanas de intervenção, o GSR apresentou melhora (p<0,05) em todas as variáveis analisadas, tendo efeito médio a alto para variáveis de desempenho do membro superior e para o FMS. O GT apresentou melhora apenas para o FMS (p<0,05), mas com efeito considerado insignificante. Conclui-se que o programa de aquecimento proposto pode produzir melhora de variáveis necessárias para o controle neuromuscular, e sugere-se novos estudos com o a aplicação do programa na periodização e rotina de treinamento de equipes de rugby.