Resumo

A perda da autonomia funcional no idoso relaciona-se não somente com a limitação no estado físico, mas também a função cognitiva e psíquica, tornando-o mais inativo no meio social em que convive. Dessa forma, é de suma importância à inserção do idoso em programas que estimulem a pratica regular de exercício físico e o convívio social. O presente estudo centrou-se em avaliar os efeitos de um programa de treinamento concorrente sobre a autonomia funcional de idosas pós-menopáusicas. Foram selecionadas 65 idosas, residentes no município de Muriaé (MG), voluntárias, distribuídas em dois grupos, um grupo treinamento concorrente (GTC=33), com média de idade de 69,12±7,00 anos e um grupo controle (GC=33) com média de idade de 69,21±6,60 anos. Os parâmetros biofísicos foram estimados por meio do peso corporal, estatura, índice de massa corporal, pressão sanguínea e frequência cardíaca. A avaliação da autonomia funcional foi feita pela bateria de testes do Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade (GDLAM), composta de: caminhar 10m (C10m), levantar-se da posição sentada (LPS), levantar-se da posição decúbito ventral (LPDV), levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa (LCLC) e o teste de vestir e tirar uma camiseta (VTC). Após a intervenção, o GTC apresentou um valor fraco nos testes C10m e LPDV; regular nos testes LCLC, VTC e no índice de GDLAM e bom no teste LPS. Os resultados mostraram que o GTF no pós-teste apresentou melhores resultados em todas as variáveis da autonomia funcional, exceto no teste de LPDV (p=0,057) em relação ao GC (p<0,0125). Na avaliação intragrupos no GTC, encontrou-se diferenças estatisticamente significativas para os testes de autonomia funcional C10m (p=0,007), LPS (p=0,000) e IG (p=0,007). Esta pesquisa confirma que a prática regular de exercício físico é essencial para a restauração e controle da autonomia funcional na população de idosos.

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