Efeitos de Um Programa de Treinamento Concorrente Sobre a Autonomia Funcional em Idosas Pós-menopáusicas
Por Cristiano Andrade Quinão Coelho Rocha (Autor), Maria Helena Rodrigues Moreira (Autor), Edgar Ismael Alarcon Mesa (Autor), Andréa Carmen Guimarães (Autor), Carlos Henrique Dória (Autor), Estélio Henrique Martin Dantas (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 23, n 3, 2015. Da página 122 a 134
Resumo
A perda da autonomia funcional no idoso relaciona-se não somente com a limitação no estado físico, mas também a função cognitiva e psíquica, tornando-o mais inativo no meio social em que convive. Dessa forma, é de suma importância à inserção do idoso em programas que estimulem a pratica regular de exercício físico e o convívio social. O presente estudo centrou-se em avaliar os efeitos de um programa de treinamento concorrente sobre a autonomia funcional de idosas pós-menopáusicas. Foram selecionadas 65 idosas, residentes no município de Muriaé (MG), voluntárias, distribuídas em dois grupos, um grupo treinamento concorrente (GTC=33), com média de idade de 69,12±7,00 anos e um grupo controle (GC=33) com média de idade de 69,21±6,60 anos. Os parâmetros biofísicos foram estimados por meio do peso corporal, estatura, índice de massa corporal, pressão sanguínea e frequência cardíaca. A avaliação da autonomia funcional foi feita pela bateria de testes do Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade (GDLAM), composta de: caminhar 10m (C10m), levantar-se da posição sentada (LPS), levantar-se da posição decúbito ventral (LPDV), levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa (LCLC) e o teste de vestir e tirar uma camiseta (VTC). Após a intervenção, o GTC apresentou um valor fraco nos testes C10m e LPDV; regular nos testes LCLC, VTC e no índice de GDLAM e bom no teste LPS. Os resultados mostraram que o GTF no pós-teste apresentou melhores resultados em todas as variáveis da autonomia funcional, exceto no teste de LPDV (p=0,057) em relação ao GC (p<0,0125). Na avaliação intragrupos no GTC, encontrou-se diferenças estatisticamente significativas para os testes de autonomia funcional C10m (p=0,007), LPS (p=0,000) e IG (p=0,007). Esta pesquisa confirma que a prática regular de exercício físico é essencial para a restauração e controle da autonomia funcional na população de idosos.