Efeitos de Um Programa de Treinamento Resistido Executado em Diferentes Frequências Semanais Sobre o ângulo de Fase em Mulheres Idosas
Por Matheus Amarante do Nascimento (Autor), Alex Silva Ribeiro (Autor), Brad J. Schoenfeld (Autor), João Pedro Nunes (Autor), Andreo Fernando Aguiar (Autor), Analiza M. Silva (Autor), Steven J. Fleck (Autor), Luís B Sardinha (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Ângulo de fase é um parâmetro derivado da bioimpedância elétrica, baseado na resistência e na reactância dos tecidos, o qual tem sido amplamente utilizado em diferentes populações como um indicador objetivo de saúde celular, onde maiores valores do ângulo de fase refletem uma melhor celularidade. Entretanto, ainda não há clareza sobre o volume de treinamento mais eficiente para proporcionar alterações positivas neste parâmetro. Objetivo: Comparar os efeitos de um programa de treinamento resistido (TR), executado em diferentes frequências semanais, no ângulo de fase de mulheres idosas. Métodos: Trinta e nove mulheres idosas fisicamente independentes (69,1 ± 5,5 anos, 69,0 ± 15,2 kg, 155,7 ± 6,6 cm, 28,3 ± 5,2 kg/m2) foram aleatorizadas a executar um programa de TR duas vezes por semana (G2X, n = 17), ou três vezes por semana (G3X, n = 22) durante 12 semanas. O TR consistiu de oito exercícios, todos executados a 1 série de 10-15 repetições máximas. O ângulo de fase, resistência, reactância e água intracelular foram determinados por meio da técnica de bioimpedância espectral (Xitron 4200 Bioimpedance Spectrum Analyzer). Análise de Variância (ANOVA) foi utilizada para as comparações entre as variáveis dos grupos (G2x vs. G3x) ao longo do tempo (pré vs. pós-treinamento). O Teste post hoc de Bonferroni foi empregado para a identificação das diferenças específicas nas variáveis em que os valores de F encontrados forem superiores aos do critério de significância estatística estabelecida (P < 0,05). Resultados: Água intracelular, reactância e ângulo de fase aumentaram significantemente (P < 0,05) após o período de intervenção para G2X (+2,1%, +3,0% e +5,6%, respectivamente) e para G3X (+5,0%, 6,9% 6 +10,3%, respectivamente), sem diferença entre os grupos. A resistência diminuiu similarmente (P < 0,05) em ambos os grupos após o programa de TR (G2X = -1,7%, G3X = -3,2%). Conclusão: Os resultados sugerem que 12 semanas de um programa de TR executadas a uma frequência de duas vezes por semana podem ser suficientes para promover aumentos no ângulo de fase de mulheres idosas.