Efeitos de Um Programa Multicomponente de Exercícios Sobre a Aptidão Funcional de Idosas
Por Frank Shiguemitsu Suzuki (Autor), Alexandre Lopes Evangelista (Autor), Cauê V. La Scala Teixeira (Autor), Marcos Rodolfo Ramos Paunksnis (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 1, 2018. Da página 36 a 39
Resumo
O envelhecimento é inevitável e irreversível, porém, com o avanço da tecnologia, a expectativa de vida está aumentando a cada ano, trazendo propostas de diversas intervenções para melhorar a qualidade de vida. Entre elas, encontram-se os programas de exercício físico. Objetivos: Investigar o impacto do treinamento multicomponente realizado em circuitos sobre os parâmetros de autonomia funcional em mulheres idosas. Métodos: Idosas foram recrutadas e distribuídas em dois grupos: treinado (N = 16) e não treinado (N = 15). As idosas do grupo treinado realizaram sessões de treino de 75 minutos, duas vezes por semana, durante um período de 56 semanas. Os exercícios resistidos abrangeram membros superiores e inferiores com intensidade relativa de 70% de 1RM, exercícios usando peso corporal, alongamento e tarefas específicas para agilidade, realizados em forma de circuito e totalizando três passagens. As participantes foram submetidas à avaliação da autonomia funcional (AF) pelo protocolo do Grupo de Desenvolvimento Latino-Americano para a Maturidade, ao teste de caminhada de seis minutos (T6M) e ao teste de sentar e alcançar (SA). Resultados: O grupo treinado teve diminuição significativa do peso corporal (p = 0,02) e do índice de massa corporal (p = 0,015). Foram observadas também melhoras significativas (p = 0,009) no AF, no SA e no T6M após a intervenção. Em comparação com o grupo não treinado, o grupo treinado também obteve diferenças significativas em todos os parâmetros funcionais analisados. Conclusão: Um programa de longa duração de treinamento multicomponente realizado em circuito e aplicado duas vezes por semana foi suficiente para melhorar múltiplos componentes da autonomia funcional de idosas. Nível de Evidência II; Estudos prognósticos – Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.