Resumo

: O decorrer de uma partida de futsal pode acarretar no aumento do dano muscular, estresse oxidativo e reações inflamatórias, de modo que sua magnitude pode ser modulada por íons. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do protocolo de corrida intermitente específico para o futsal (FISP) sobre a taxa de secreção salivar de íons em atletas de futsal. MÉTODOS: Treze jogadores de linha de uma equipe adulta de futsal (23,7 ± 6,8 anos, 1,75 ± 0,06 metros e 70,8 ± 6,89 kg), da Segunda Divisão do Campeonato Estadual de Futsal do Paraná participaram voluntariamente do estudo. O FISP simula as demandas fisiológicas, dano muscular, distância e velocidade percorridas em partidas oficiais de futsal. Os jogadores percorreram uma distância de 15 metros em vai e vem, com duração de 39 minutos divididos em quatro partes: andar, correr em baixa intensidade, correr em alta intensidade e sprint, com seis minutos de duração cada e cinco minutos de intervalo. Amostras de saliva foram coletadas em tubos de coleta graduados estéreis imediatamente antes e após o FISP. A taxa de concentração dos íons foi quantificada pela técnica de fluorescência de raios-X de reflexão total. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi aplicado para avaliar a distribuição normal dos dados. A diferença entre o momento pré e pós foi determinada pelo teste t de Student (paramétrico) e o teste de Wilcoxon (não-paramétrico). O nível de significância foi estabelecido em P < 0,05. RESULTADOS: A técnica de fluorescência de raios-X detectou os íons fósforo, enxofre, cloro, potássio, cálcio, titânio, manganês, ferro, cobre, zinco, bromo e rubídio. Houve redução significativa (P < 0,05) no fluxo salivar dos íons potássio (Pré = 931,3 ± 469,9; Pós = 678,7 ± 391,2), bromo (Pré = 2,06 [1,63 - 4,30]; Pós = 1,63 [0,8 - 2,14]), cobre (Pré = 0,06 ± 0,06; Pós = 0,03 ± 0,02) e rubídio (Pré = 1,41 [0,87 - 2,52]; Pós = 1,08 [0,66 - 1,92]) do momento pré em relação ao pós exercício. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a taxa de secreção de íons salivares modula negativamente as demandas fisiológicas do FISP.

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