Resumo

Por causa da pandemia da COVID-19, os projetos que orientam a atividade física à população tiveram que adaptar suas ações ao formato remoto. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção de atividade física remota no risco cardiovascular e na aptidão física dos participantes desses projetos. Assim, 29 participantes do Projeto Exercício e Coração (66±5 anos) foram orientados a realizar 2 sessões de caminhada, 1 videoaula de exercícios aeróbicos e 2 videoaulas de força por semana com cada atividade com duração de 30 minutos e realizada em intensidade moderada. No início do estudo e após 8 semanas, os marcadores de risco cardiovascular e de aptidão física foram medidos e comparados por testes t pareados ou testes de Wilcoxon, considerando p≤0,05. Comparando as avaliações pré e pós-intervenção, houve redução significativa da circunferência da cintura (95,9±11,3 vs. 94,7±11,3 cm, p=0,013) e aumento da capacidade cardiorrespiratória (117±21 vs. 123±23 passos, p =0,019), força de membros superiores (23±6 vs. 25±6 repetições, p=0,003), resistência abdominal (20±9 vs. 22±10 repetições, p= 0,002) e aptidão física geral (-0,04±3,55 vs. 1,30±4,10, p=0,000). Conclui-se que a intervenção remota proposta melhorou a aptidão física do participante, aumentando a capacidade cardiorrespiratória, a força e a resistência muscular, além de reduzir a obesidade central.

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