Efeitos de uma intervenção remota de atividade física no risco cardiovascular e na aptidão física
Por Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz (Autor), Bruno Temóteo Modesto (Autor), Teresa Bartolomeu (Autor), Tayna Paracatu (Autor), Renan Vegas Jacob (Autor), Marcelo Alves de Souza (Autor), Ana Carolina Mendes de Lara Campos (Autor), Lincoln Fernando Akira Terashima (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 34, n 1, 2023.
Resumo
Por causa da pandemia da COVID-19, os projetos que orientam a atividade física à população tiveram que adaptar suas ações ao formato remoto. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção de atividade física remota no risco cardiovascular e na aptidão física dos participantes desses projetos. Assim, 29 participantes do Projeto Exercício e Coração (66±5 anos) foram orientados a realizar 2 sessões de caminhada, 1 videoaula de exercícios aeróbicos e 2 videoaulas de força por semana com cada atividade com duração de 30 minutos e realizada em intensidade moderada. No início do estudo e após 8 semanas, os marcadores de risco cardiovascular e de aptidão física foram medidos e comparados por testes t pareados ou testes de Wilcoxon, considerando p≤0,05. Comparando as avaliações pré e pós-intervenção, houve redução significativa da circunferência da cintura (95,9±11,3 vs. 94,7±11,3 cm, p=0,013) e aumento da capacidade cardiorrespiratória (117±21 vs. 123±23 passos, p =0,019), força de membros superiores (23±6 vs. 25±6 repetições, p=0,003), resistência abdominal (20±9 vs. 22±10 repetições, p= 0,002) e aptidão física geral (-0,04±3,55 vs. 1,30±4,10, p=0,000). Conclui-se que a intervenção remota proposta melhorou a aptidão física do participante, aumentando a capacidade cardiorrespiratória, a força e a resistência muscular, além de reduzir a obesidade central.