Efeitos de Diferentes Intensidades de Exercício Sobre o Gasto Energético e a Sensação de Fome em Jovens
Por Tatiana Acioli Lins (Autor), Pedro Rogério da Silva Neves (Autor), Manoel da Cunha Costa (Autor), Wagner Luiz do Prado (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 12, n 5, 2010. Da página 359 a -
Resumo
O presente estudo objetiva investigar os efeitos agudos e de curto prazo (2 horas) de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre o gasto energético pós-exercício, a razão de troca respiratória (QR) e a sensação de fome em homens. Participaram do estudo, 20 sujeitos eutróficos (22,41±1,76 kg/m²) e praticantes de exercício físico. Todos os sujeitos foram submetidos, aleatoriamente, a quatro condições experimentais: controle (sem exercício); EBI, exercício de baixa intensidade (40% do VO2pico); EMI, exercício de moderada intensidade (60% do VO2pico) e EAI, exercício de alta intensidade (80% do VO2pico). A magnitude do (EPOC - consumo excessivo de oxigênio após o exercício) e o comportamento do QR foram mensurados através de análise direta de gases. A escala visual analógica foi utilizada para avaliar a sensação de fome em (basal, imediatamente após a sessão experimental, aos 30, 60, 90 e 120 minutos de recuperação passiva). Os resultados demonstraram que o EPOC teve uma correlação positiva com a intensidade do exercício (r=0,74, p<0,01), sendo a duração e a magnitude dependentes da intensidade do exercício. Entre todas as condições experimentais, a sensação de fome ao término do exercício foi maior no EBI (p <0,01). Ao longo do período de 120 minutos de recuperação passiva, a sensação de fome aumentou independente da condição experimental. A partir dos resultados, podemos sugerir que após o EAI a magnitude do EPOC é maior, promovendo maior gasto energético no pós-exercício, com um concomitante aumento na utilização de gordura (menor QR) e supressão transitória da sensação de fome em adultos jovens.