Efeitos de Diferentes Programas de Exercício nos Quadros Clínico e Funcional de Mulheres com Excesso de Peso
Por Rodrigo Dias (Autor), Jonato Prestes (Autor), Renata Manzatto (Autor), Clílton Kraüss de Oliveira Ferreira (Autor), Felipe Fedrizzi Donatto (Autor), Denis Foschini (Autor), Claudia Regina Cavaglieri (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 8, n 3, 2006. Da página 58 a -
Resumo
Atualmente o exercício físico tem sido indicado como uma ferramenta na prevenção de doenças crônico degenerativas, dentre elas a obesidade. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes protocolos de exercício de curta duração sobre a composição corporal, capacidade aeróbia e força muscular. Foram selecionadas vinte mulheres classificadas com excesso de peso, idade média de 28,5 anos, massa corporal 77,77kg e gordura corporal 34,17%. As participantes foram divididas aleatoriamente nos grupos: I) grupo que realizou 4 semanas de Componente Força (exercícios contra-resistência) e Componente Aeróbio (bicicleta estacionária e/ou esteira e treinamento em circuito com exercícios contra-resistência), sendo identificado pela sigla (FAC, n=10) e II) grupo que realizou 4 semanas de Componente Força (exercícios contra-resistência) e Componente Aeróbio (composto somente por bicicleta estacionária e/ou esteira), sendo identificado pela sigla (FA, n=10). A avaliação anterior ao início do programa serviu como os dados de controle, formando respectivamente os grupos controle FAC (ConFAC, n=10) e controle FA (ConFA, n=10). A gordura corporal foi avaliada por bioimpedância elétrica. As cargas do treinamento de força foram determinadas pelo teste de carga por repetições e o VO2max estimado pelo protocolo de caminhada de 1.600 metros do Canadian Aerobic Fitness Test. Ambos os grupos apresentaram diminuições não significativas, nas variáveis: massa corporal, gordura corporal, massa gorda, circunferências da cintura e quadril, relação cintura-quadril e manutenção na massa magra. Aumentos estatisticamente significantes no VO2max foram observados apenas no grupo FAC. Ambos os grupos apresentaram melhora na capacidade de geração de força, (p≤0.05). Esses resultados demonstram que mesmo um treinamento realizado por curto período (4 semanas) pode induzir adaptações positivas no quadro funcional dessa população.